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A mostrar mensagens de 2005

Há 25 anos... inflectiu-se o progresso do país

Há vinte e cinco anos morreram Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, num brutal atentado que fez interromper uma inflexão irreversível na vida política nacional, e num futuro mais auspicioso para todos nós. Quem os matou, ou mandou matar sabia bem da ameaça pessoal que representavam, pela sua qualidade individual intrínseca, que tinha toda a sabedoria, inteligência e coragem necessárias à mudança que, evidentemente não interessava a quem lhes ceifou a vida. Hoje cumpriu-se a homenagem às suas memórias e lembrei-me do dia 4 de Novembro desse ano de 1980, em que chorei a sua morte, de Sá Carneiro, como se de um parente próximo se tratasse. Durante todos estes anos fui ouvindo diversas opiniões sobre o significado de Sá Carneiro, o significado da sua vida para todos nós e da sua morte também. Algumas vezes me diziam que ele não nos deu experiência política suficiente para que lhe pudessemos reconhecer as qualidades. Foi isso precisamente o sentido de oportunidade que sentirm os

O pior dos corporativismos

Sempre fui contra o Corporativismo, como forma de estar na vida profissional e pessoal e de se defenderem interesses, muitas vezes até justificados. Hoje temos ainda em Portugal uma das mais fortes e duradouras expressões do Corporativismo: as farmácias, como actividade económica. Não conheço nenhuma outra forma de expressão comercial tão lucrativa e saudável, que tantas alegrias tem dado aos seus proprietários e alguns colaboradores, pelo facto de terem conseguido impor a defesa de uma actividade profissional, como nenhuma outra o conseguiu. É aberrantemente retrógrada a ideia de que uma Farmácia tenha de ser propriedade de um farmacêutico, pelo facto, aliás falsamente defendido pelos seus mentores - Associação Nacional de Farmácias e seu dirigente, farmacêuticos e alguns "iluminados", como o foi Ferro Rodrigues, que conseguiu descobrir uma função social no negócio mais rentável que em Portugal existe e, de forma muito estável, contra todas as crises ainda se mantém de assim

Um sonhador compulsivo

Tinha por hábito fazer o seu passeio a pé até um dos bancos junto à margem do rio. Manuel, Teodósio de segundo nome, que ninguém sabia, nem ele usava, era um ser solitário e, ali, naquele banco, sentindo o frio seco e o vento suave, mas cortante, que anunciava o Inverno, se sentava a pensar num mundo só seu. Num mundo que queria tivesse existido, mas que nunca na verdade conhecera. Baixava ligeiramente a cabeça e, por baixo das suas grossas sobracelhas, herança familiar que lhe davam aquele ar antigo e sisudo, ia observano o raro e triste movimento, no rio e no passeio que o separava da água. Os homens e as mulheres conheciam-se há uns milhões e milhões de anos e não se entendiam, não se conheciam. Continuavam a debater-se os mesmos temas de costume. Da igualadade, da liberdade, da distrubuição de riqueza, da justiça e das mesmas oportunidades para todos. Mesmo que tendo avançado muito, o mundo desde um Platão, um Lutero, um Robespierre, um Montaigne, Sartre e tantos outros continu

Cavaco

Já há muito decidi votar em Cavaco. O que é mentira, parcialmente. Na verdade, apenas depois de ele anunciar oficialmente a candidatura... Nesse dia porém, só não fiquei eufórico porque alguma experiência de vida já acumulada, me desinibe de tais excessos pueris. Mas há uma coisa que me tem incomodado. Gostaria de ver Cavaco Silva mais inovador no discurso, mais fluente e menos repetitivo. O que apenas tem a ver com questões semânticas, pois para se ser Presidente, ou qualquer outra coisa em política, há muito que tenho para mim que, mais importante do que a fluência da palavra é a seriedade da mesma. A genuidade da palavra. Por oposição à correnteza boçal e excessiva quase roçando a ponografia da mesma, como acontece há mais de trinta anos com Soares e há menos que isso com Guterres, Sócrates e outras falsidades que por aí abundam.

Nós e os outros

Somos os tristes da UE... Porque tem de ser assim? Podemos ser uma potência europeia de Turismo, Energia (com um forte investimento em Energias alternativas e Nuclear), indústrias tecnológicas e de precisão... Mas em vez disso teremos de viver, asfixiando-nos, com um nível de impostos insustentável, apenas porque o Estado insiste em permanecer gordo e despesista... Ou julgamos nós (porque o Governo há muito que o sabe, mas não diz a verdade, por lhe ser adversa) que com uma tão tímida redução da despesa pública e manutenção de despesismo (megalominas nas obras públicas, criação de comissões e grupos de trabalho- caso do Metro do Porto, que se já estava mal, como ficará com aumento das despesas por via de um grupo de trabalho de amiguinhos...?) se pode algum dia dar um forte impulso a novas áreas de investimento e criação de riqueza? Portugal precisa de uma solução 'filandesa' na sua economia, ou irlandesa, em termos económicos e sociais... mas não se vê como com esta arrogância

Crónica de uma morte anunciada

Escrevia eu, há uns dias, que após a aprovação do orçamento viriam as más notícias sobre a economia portuguesa. Logo depois de ter passado na Assembleia da República - qual espécie de encenação desta maioria entregue, pelo povo, a um partido de incompetentes - seguiram-se as entrevistas a diversas personalidades tidas como referências na área económica. Quase todas foram unânimes em que o Orçamento de Estado para 2006 é, em termos gerais, um bom documento, do ponto de vista teórico, pois se pudesse ser posto em prática, os resultados em termos de redução do défice das contas públicas e em termos, mais difíceis de execução e de obtenção de resultados positivos, de crescimento da economia, assim como da melhoria da distribuição de riqueza. O problema é a execução do Orçamento. O problema é ainda, agora, mais real depois de ter sido confirmado que o crescimento da nossa economia será, em 2006, muito menor do que o Governo queria fazer crer. E com um crescimento da ordem dos 0,3% ou 0,4%,
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Foi uma falha minha. Mas passou-me, aqui na blogosfera, o lançamento do livro Encandescente. Por nos últimos tempos andar imenso em viagens, por cá e por lá. Não tenho já a frequência destes espaços, como desejava. Não conhecendo ainda o livro, mais do que pela sua capa, sei, no entanto, pelo blog que costumo visitar, pela sua qualidade, sensibilidade e imensa beleza, dos textos e das fotos, o livro tem de ser lido e saboreado. Parabéns Encandescente!

Orçamento aprovado. Agora virão as más notícias...

Orçamento aprovado. Uffffa! Foi dificil, com este estado de poder absoluto do governo absolutista... quase que não conseguiam, ufaaaa! Aprovadas também as contas do início da nossa desgraça: do TGV, da OTA, dos institutos, comissões, etc... que se irão criar para dar emprego aos amiguinhos... Mas enfim, como pelo menos metade do que lá está no orçamento não é para cumprir, como sempre o é com governos socialistas, podemos ainda ter a sorte de que o que não se fizer seja a parte que realmente é melhor que não façam. Mas agora virão os dias difíceis do bluf Sócrates: o relatório do Banco de Portugal- mesmo que maquilhado pelo amiguinho que lá está - o da União Europeia, do FMI, etc... O problema é, como sempre, que seremos sempre nós todos a pagar a incompetência e a arrogância (também a arrogância de pouco a pouco, paulatinamente, se ir colocando tudo o que é amigo, e se compromete a não fazer ondas) em tudo o que lugar de nomeação. Como diz Saramago (que visão, homem! que democrata!)

O palhaço e o seu "cara-branca"

Sempre gostei de circo. Desde criança que aprecio o espectáculo do circo, pelo seu ambiente, pela magia que me transmite e por tudo o que lá vejo, toda a espécie de números e pela variedade também, claro. Os palhaços sempre me mereceram o maior respeito. Nunca os achei artistas menores e, pelo contrário, sempre os considerei e ao seu papel, inteligente, na minha forma de os ver, usando de uma arte específica, que não está ao alcance de todos, para atingir o objectivo da crítica, social, cultural ou mesmo política. Não quero, por isso, que me entendam mal, quanto ao mais elevado respeito que tenho por palhaços, mas pelo profissionais, claro. Ontem, no entanto, ouvi o Jorge Coelho referir-se a Nikolas Sarkozy como sendo "um palhaço político". Fiquei mais embasbacado do que quando ia com os meus pais ao circo! Não pelo objecto da ofensa ser ou não o que Coelho pretende que ele é. Mas pelo tom que, vindo de um palhaço, humano e político, como Jorge Coelho (upsss, fiz o mesmo...

Desligar ou exasperar-me?

Hoje assistindo a um pouco, apenas a um pouco, da discussão sobre o Orçamento de Estado para 2006, espantei-me e exasperei-me (porque ainda me admiro eu com tais coisas, depois de tanta intolerância e arrogância demonstrada? Ainda por cima por gentinha tão menor e mal formada, mas de uma repetida incompetência que nos sairá, a todos, a eles também, muito cara) quando, pela observação de António Pires de Lima, Sócrates- com a sua arrogante má-criação com que, diariamente, nos presenteia fazia gestos, trejeitos e observações para o lado, para os seus (coitados) ministros... ...após o que deu recado ao ministro dos Assuntos Parlamentares (os dos Recados Parlamentares, tal a desconsideração que esta maioria absolutista -ou será poder absoluto?- nos habituou)... Cada dia tenho mais vontade de desligar. A mim e à TV. Um desgraçado orçamento que tenta - pretende, aliás- equilibrar as contas nacionais com mais receita, mas com (quase) a mesma despesa... é ...de rigor??? Hmmm, talvez, talvez, c

Nunca mais começa e...depressa acaba

Pois... já me começo a saturar de ouvir as idiotices de Mário Soares. O candidato do PS- é assim, partidarizado, que ele se quer- tenta mostrar o seu ar de homem de estado, como sempre se esforçou, tentando apagar, ou fazer esquecer o tom provicatório e ameaçador com que iniciou a sua pré-pré-pré campanha "contra a direita", esse bicho mau e perigoso, esse homem que pode tornar-se um perigo para a democracia que, ele Mário, acha que fundou... Irrrrra! Que o homem não nos deixa em paz. Interessate é observar os modelos europeus e não só, ditos socialistas democratas, ou vice-versa, vem a dar ao mesmo, como falidos se tornaram. Nunca resolveram problemas de desemprego em nenhum país. Nunca contribuiram para o crescimento económico nem prosperidade em sítio nenhum, mas, ao invés, sempre conseguiram contribuir para a melhoria do bem estar dos políticos-profissionais (ahhh! esta é que os tem deixado aflitos! Pelo que sabem como os atinge, como estado-depedentes e arrogantes-estati

O verdadeiro tempo dos boys

O PS de Guterres foi criticado pela célebre frase " no jobs for the boys "porque, precisamente porque foi dos momentos da nossa história política em que mais jobs se distribuíram entre os ditos boys . E boys foi um termo feliz de Guterres, pois sem querer estava a caracterizar de forma magistral um punhado de "meninos" que, sem a mínima competência, se iam instalando nos lugares do poder e do sector empresarial do estado (para usar um termos socialista...). Mas nessa altura o PS ainda estava um tanto fragilizado. Porque o poder lhe caíu nas mão quando não o esperava, após a derrota do PSD. Porque tinha uma maioria parlamentar. Porque Guterres é mais um homem que "pretende fazer" do um homem que "sabe fazer". Hoje, com a maioria que o PS obteve, o PS assume-se em toda a sua arrogância, como exactamente pretendeu ser essa uma característica do PSD. Sempre o PS quis dar a entender que a arrogância é uma característica da direita. Direita que nada

Co-incinerações

Lá insistem os homens na dita co-incineração... Em vez de se fechar a cimenteira do Otão, inserida num Parque Natural (?!?)... insiste-se na sua perpetuação, através de um modelo em queda ou desuso, contrariamente ao que dizem os membros da comissão de especialistas- resta saber em quem costumam votar tais senhores... e se até os magistrados se encontram sob suspeita... serão tais cientistas , insuspeitos?? Um dia havemos de saber quem está a lucrar com tais negócios... Sr. Sócrates! Porque nãp se reciclam tais cientistas? E assim se viabilizaria melhor o NEGÓCIO da co-incineração. Ou co-incinerações...

Cavaco e os outros

Ontem confirmou-se uma vez mais o estilo, ou antes, a diferença de estilo e de atitute de Cavaco Silva e de todos os outros (pré) candidatos à Presidência da República. Cavaco é vertical, é sincero e honesto em termos ideológicos. Sem subterfúgios sem atitudes teatrais. Candaidata-se porque está convicto das suas capacidades de ajudar o país. Para servir o país. Não se candidata por estar contra. Contra os outros. Como os outros todos, o fazem, por estar contra ele. Ouvi o Alegre (triste) poeta -até é simpático, por acaso- dizer que Cavaco não explicou como pensa exercer o mandato- como se assumisse que Cavaco já está eleito, e de facto é verdade...- mas ele próprio apenas disse da sua candidatura, em substância, que o faz para tentar impedir uma vitória de Cavaco à primeira volta. Que explicou sobre o seu projecto? Nadinha... E Soares? Nadinha... De Louçã já sabemos e do Jerónimo também: são contra as privatizações feitas por Cavaco- e não só- o que significa que defendem monolólios e

Arrogância ou incompetência?

O que leva o minstro da justiça a não (saber) falar com os magistrados? O que leva o ministro da agricultura a não querer falar com os agricultores? Arrogância ou incompetência? Incapacidade? A incapacidade leva, numa empresa privada, um gestor a fugir ao diálogo com os seus colaboradores. Mas isso tem, mais cedo ou mais tarde, a consequência ou da decadência da empresa ou da susbtsituição do gestor. Na política, neste caso concreto, deste Governo, se tal não acontece, é por haver a cobertura total de um Primeiro-ministro que, já nos tempos do governo de Guterres fez cátedra da sua arrogânica e autismo. Também por insegurança. Que ainda hoje é evidente. Mas aqui, no caso deste dois ministros, também se trata de incompetência...e arrogância. A arrogância dos incompetentes, que o povo designa, simplesmente de... burros. Não questiono as razões dos ministros, de quererem, no caso da justiça, imprimir mais eficiência- rara no caso do PS, partido dos homens estado-dependentes, que se move p

Os sombristas e Cavaco Silva

Andamos há mais de trinta anos a ouvir o discurso do perigo da Direita, do fantasma do Fascismo ou, mais recentemente, do liberalismo. O perigo da Direita! (como se houvesse uma Direita, verdadeira e ameaçadora, em Portugal. Com valores identificáveis, com os de personagens sinistras- curiosamente o termo sinistro , em italiano, língua com a mesma raiz da nossa, significa esquerda ...) Neste momento, em que se rapidamente se aproxima a data em que Cavaco Silva pode vir a anunciar a sua candidatura a Belém, cresce o frenesim das gentes que se sentem ou julgam de esquerda, na mesma medida em que se conjectura sobre uma vitória esmagadora (e muito provável) do candidato, ainda virtual, que poderá efectuar o bloqueio da tomada de poder total da esquerda-polvo, que pouco a pouco estende os seus tentáculos para tudo o que seja posição ou função dependente do Estado (já que a nível privado não se conseguem afirmar suficientemente?!). E tenta-se, uma vez mais, depois de tantas em trinta anos d

A sensação de asco

Chegar uma vez mais a Portugal, vindo de outro país, e ler nos nossos jornais as últimas noviades dos nossos candidatos autarcas-indiciados... Um em Amarante, que até se gaba das suas patifarias. Goza com o diheiro público...e o público promete votar nele... Outra que veio do Brasil, preparou tudo com o isteme judicial e (obviamente tinha de lhe agradecer e mostrar reconhecimento público, terá sido a única coisa que lhe pedirram, como parte do pacto?) e com o chefe do seu (ex) partido... Que delícia! Nessas localidades onde tudo se prepara para votar e eleger tais candidatos, as mesmas que votuperam "Lisboa", jurando a pés juntos que "lisboa fica com tudo" ( mama tudo), mesmo que, depois, as estatísticas comprovem o contrário (que o tal Norte, hoje abaixao uns 13-15 % da média do PIB nacional e baixo da oficial "pobreza", esse Norte afinal leve bem mais do que Lisboa, no aos fundos europeus diz respeito) A isto assiste um Presidente inapto- sempre o foi d

Argumentos infantis

Os argumentos e as bases da extemporânea, desenquadrada e retrógada candidatura de Soares, partem de um errado presuposto, que se quer a todo o custo fazer passar como mensagem nacionalista, ao povo português: O de que sendo ele uma referência na vida política nacional se sente obrigado, melhor, compelido, a se candidatar porque é urgente dar uma nota de positivismo, de ânimo e de optimismo a todo o país. Será ele a pesssoa indicada? Se, ao apresentar a candidatura, uma das ideias que ventilou foi a de uma certa urgência na vida nacional, ou de uma certa fatalidade, principalmente se se confirmar a candidatura de Cavaco Silva. Estamos outra vez, como Soares tanto aprecia, numa daquelas ocasiões em que se dramatiza a situação, que pode advir da vitória do candidato que não é da esquerda (neste caso não é indiferente que possa ser Cavaco Silva...) Dois erros pois, melhor três, em todo este processo: Soares foi uma referência na nossa política, mas as referência não sendo eternas, ele

To New Orleans

Conheci New Orleans em 2000. Gostei imenso da cidade, por ser diferente, por ter um bairro francês bonito e animado. Pelo Jazz, pelas luzes ao fim do dia, pela "loucura" dessa cidade pouco americana. Pelo Preservation Hall e todos os demais locais de música genuína, dessa cidade única, agora ferida. Hoje sinto uma tristeza pela cidade e esforço-me por recordá-la tal como a conheci. Arrepia-me pensar na inundação da cidade e ainda mais, no desalojamento de tanta gente, na desolação e nas horas difíceis porque estão a passar.

Outra vez o Soares? Tá tudo doido!

Ia eu pela Autovia del Mediterraneo ... "el anterior Presidente de Portugal Mario Soares ha comunicado que se canditará al presidencia de Portugal diez años despues del término de su anterior mandato"... Saber eu eu (quase) sabia, mas a coisa é tão estúpida que nem se quer acreditar. O homem tem 80 anos ( se fosse eleito, coisa que nem me passa pela cabeça, terminaria o mandato com 85!!!) Náo há mais ninguém no meu país, lá pela (dita) esquerda que reuna o consenso para ser candidato dessa ala política? A esquerda "tá" assim tão mal? Mas não tiveram eles a maioria nas últimas eleições legislativas??? Não se entende. E o Soares continua a julgar-se uma referência? E uma referência insubstituível? Não há paciência!

Entre aeroportos e outras paragens

Entre aeoroportos e outras paragens- casa, outros países, férias, casa, outro país, etc...- só aqui venho para manifestar as minhas saudades por este espaço... ...e para mantê-lo, ainda, vivo. Abraços! Até ao fim de semana próximo!

Mais uns disparates do Ministro da Economia...

Manuel Pinho, sobre a oportunidade da energia nuclear em Portugal, de manhã, ainda de ideias fresquinhas: o nuclear é "muito actual, devido à alta do preço do petróleo... deve ser olhado com a máxima atenção e seriedade". Nesta altura, cauteloso, como é norma em quem não entende nada de determindada matéria, protegendo-se, Manuel Pinho, diz aquele tipo de coisas que não são "carne nem peixe". Mas isso é normal, nem o ministro tem de saber de tudo e energia é matéria de Engenharia e não de Economia, embora muitos tendam a pensar o contrário. Mas, permitam-me, quando o ministro afirmou que a energia nuclear poderia estar entre as formas de energia, alternativas às energias fóssseis derivadas de petróleo, a serem consideradas estratégicas para o país, estava no caminho certo. Mais tarde, pela hora de almoço, o mesmo Manuel Pinho dizia que "A grande prioridade do Governo são as energias alternativas e a eficiência energética, que têm um peso muito grande no program

No Portugal Profundo...e por todo o lado

Vale a pena ler este texto, Do Portugal Profundo ( o link está ali acima, no título do post)... ...e atentar onde estamos...com quem estamos. Isto é para si, principalmente, senhor Jorge Sampaio, para mais uma das suas cruzadas...

Post ligeirinho de fim de semana

Hoje andei nas minhas lides de pai em fim de semana . Entre deiversas actividades... tive de levar uma filha a uma festa de aniversário. Seria absolutamente normal, para pai em fim de semana - quem é pai ou mãe, com filhos em idade escolar, sabe do que falo- não fosse que a festa se efectuava na Costa da Caparica, no INATEL (Inatel, imaginem...ainda existe! Existe, persiste e tem culto, com uma das glórias do antigamente , do tal outro regime ). Existe e lá estavam pessoas com ar feliz. Pareceu-me. Acho muito bem, quem sou eu... Ora, ir de Benfica (pois, ainda há gente que vive em Benfica, diria um amigo meu...) até à Costa , num fim de semana de Verão ?!? Há cada um... isto só mesmo para pais... às duas e mei da tarde?! Regresso previsto para as 18:30 h ?! Fiz o pânico todo ainda nem o elevador havia chegado ao meu piso, antes ainda de descer à garagem com a filhota. Eu ia meter-me numa daquelas bichas (as de carro, as filas de trânsito, tenham lá paciência...or'essa!) de praia

Continuemos nesta senda de medíocridade

Sócrates já "conseguiu" os novos mil empregos. Mas apenas para os amigos: Gostores hospitalares, gestores de empresas públicas ou participadas do Estado (Estado não é Governo! Oh usurpador!), Directores Gerais, Sub-qualquer coisa, sub-, vice- sub-vice, adjunto, adjunto-sub, adjunto-sub-vice, etc... Mas diz o palerma do Primeiro Ministro que foram apenas lugares do Governo, ou de confiança política. Pois... entre nós portugueses, só existe confiança política entre membros do mesmo partido (será partido, com maiúscula?). Enganei-me ali em cima...palermas somos nós! Mas fiquemos descansados, estes agora nomeados oferecem mais confiança, são verdadeiramente mais competentes. E também não vão lá ficar muitos anos. Apenas o suficiente para garantir mais uma reforminha...para além das outras três ou quatro que já possuem. Ah...que se passou com a reformita do Senhor Ministro das Finanças? E o das (des) Obras Públicas? Agora entendi... estes 1.000 (mais de 1.000) eram essenciais para

Três mortes...

(Sem ver o que hoje se escreveu, pela bogosfera, sobre a morte de Álvaro Cunhal, de Vasco Gonçalves ou de Eugénio de Andrade, para não me deixar sugestionar) Morreu Cunhal ... Custa a morte dele, pois já tive de ver e ouvir Soares tantas vezes, vezes de mais...e outras ainda piores. Dizem todos que foi um grande homem. Inteligente, sim. Líder, sim. Organizado, decidido, convicto, persistente, lutador. Tudo isso, sim. Mas que mais? Também perigoso, irresponsável: de que serviram as nacionalizações (perdão, roubos de empresas de outros), as manifestações, greves...algumas sim, mas o clima de instabilidade...olhe-se para Espanha e comnpare-se! Hoje pagamos e muito caro o que homens como ele nos fizeram ao país. Não tenho nem uma réstia de dúvida. E eu saí à rua na primeira mainifestação do 1º de Maio em 74 e depois voltei já em 1975... e fiquei-me por aí, quando assiti ao quebrar das sedes do CDS, das agressões de rua a manifestantes do PSD, quando tentavam colar cartazes de campanha ele

Classe média emprobrece o(no) país!

"Classe média empobreceu mais de 15% em 4 anos". Este é o título do DNnegócios de hoje. Há anos que digo em todos os círculos, de amigos, de colegas, pessoas em geral com que vou tendo oportunidade de conversar sobre a visão, o rumo e a estratégia que Portugal tem seguido ou devia seguir, que enquanto não tivermos uma classe média mais rica, mais folgada financeiramente, com capacidade de investir em pequenos negócios, familiares, ou pequenas sociedades é impensável e impossível esperar-se qualquer desenvolvimento acelerado para o nosso país. Mas eu sou apenas eu... A classe média é o estrato social mais numeroso em Portugal, tal como na maioria dos países europeus, ou de cultura ocidental. Nesses países foi sempre da classe média que surgiram os mais inovadores investimentos, as mais inovadoras empresas e projectos económicos. Nunca das grandes multinacionais, que aliás tiveram também, todas esta mesma génese. Foi assim na Alemanha, em França, no Reino Unido, em Itália, em E

Uma vergonha no (de) Governo

Quero começar por referir ( e cumprimentá-lo por tal) mais um excelente artigo de Rodrigo Moita de Deus, no Acidental. Penso exactamente o mesmo sobre esta situação. Que foi criadra por Campos e Cunha e não por um qualquer de nós. Ele criou, preparou, a regra que fez com que ele próprio pudesse usufruir, ao fim de APENAS cinco anos de trabalho (muito esforçado, extenuante, desgastante, apoiado em umas três ou cinco secretárias , una cinco assessores e um motorista...?!? Ou eram mais ainda?) certamente de grande valor (ninguém sabe qual...já que agora tudo continua na mesma, na banca, na economia, nas finanças portuguesas (mas continuamos com este desfilar de vassalagens aos GRANDES especialistas portugueses, que fazem um doutoramento nos "states" e ...continuam teóricos), certamente de grande valor para SI MESMO. O ministro não abdica dos seu PRIVILÉGIOS ESPECIAIS. Agora também o seu colega das (des)Obras Públicas (Mário Lino)tem privilégios de qua não abdica. Eles assim dec

Freitas do Amaral continua na senda dos disparates

"Eu em dois meses e meio já fiz mais pelos portugueses do que se tivesse sido Presidente da República" A frase é de Freitas do Amaral, em entrevista a Judite de Sousa, hoje na RTP 1. Referiu também que o cargo de Presidente da República (PR) não tem uma função de muita importância (Sampaio, em casa, com o seu bom carácter, deve ter-lhe chamado uns nomes lindos...) Excelente! Diz tudo de um homem que parece estar a caminhar a passos largos para a incapacidade... e sem dar conta do que diz. Ele próprio já quiz ser Presidente. Nessa altura estava convicto que seria muito útil ao país. E que era o melhor. Agora é outra vez o melhor...e já fez muito em dois meses e meio- mas ninguém deu por nada (terá sido só para alguns , que fez muita coisa, como é habitual no PS?) Mas a resposta não nada a ver com o actual PR nem com as suas genuínas ideias sobre o cargo, a função de PR. É uma resposta viciada. Viciada porque vem de quem já sabe ( etodos nós também sabemos) que, desta vez, se C

Dia Mundial para algumas crianças

Não costumo seguir a “tradição” bloguística de dedicar, sempre e por norma, um artigo a um Dia Mundial de “qualquer coisa”, mas hoje, Dia Mundial da Criança, é a excepção que tudo justifica . Pelas crianças. Pelas crianças, o nosso último reduto de felicidade, o nosso último repositório de esperança, de fé num futuro tantas vezes sonhado e outras tantas desiludido, vale a pena dedicarmos uns minutos a escrevermos aqui e muito, muito mais do nosso tempo- a nossa vida toda, se pudermos!- a falarmos delas, a trabalharmos e vivermos para elas. Querendo escrever um pequeno texto, pequeno porque os grandes textos não são os mais inspirados e elegantes e podem ser inadequados ao objecto que aqui pretendo tratar, as crianças, comecei afinal por dar um tom menos positivista. É que se a todos nos inspira e nos puxa para a frente, vermos uma das nossas crinças crescer, aprender, evoluir, nestes dias de pouca fé no nosso futuro caímos repetidamente na tentação de sentirmos q

Os economistas

(insistindo em escrever apenas para mim... e para mais alguns habitués ...mas hmmm não sei se me apetece mais comentar nos blogues de outros...) Os economistas. Tenho muita consideração pelos economistas. Perdoem-me os outros especialistas de tantas outras áreas. Os getores, quero dizer, os licenciados em gestão em particular. Porque pelos graduados em Gestão não nutro nem uma parcela ínfima da consideração que tenho pelos economistas. Nada de orgânico, nem de particular animosidade. Até conheço alguns gestores por quem tenho a maior das considerações pessoais. Mas, desculpem a minha manifesta ignorãncia, nunca entendi porque razão um licenciado em Gestão é, de forma natural, um líder, numa organização empresarial, muitas vezes assumindo logo de entrada nessa organização posições de superior hierarquia, onde outros já (tentaram ou) demonstraram valores firmes de qualidade profissional. Uma carreira deve iniciar-se sempre por uma base e por um tempo de formação. Nem um suposto formado

Garotice, falta de ética e Estatismo

1. Ferro Rodrigues afirmou, em entrevista na rádio (não o cito por ele ter alguma importância, note-se, mas para que, como mau exemplo, os "outros" seus companheiros, tenham mais sensatez, evitando criancices, garotices e uso de má-fé) que, se Cavaco for Presidente da República (ainda nem confirmou se é candidato e já temem a sua inteligência e postura de honestidade e de estadista), teme (ele Ferro, o de boca de cavalo..no que diz, claro...) que o Governo possa ser demitido, por dissolução da Assembleia da República. 2. Marcelo Rebelo de Sousa disse que o Presidente ideal será Cavaco pois, na actual conjuntura, sendo um especialista de assuntos económicos, pode dar um contributo e uma ajudo ao próprio Governo. Qual das duas posições (opiniões) é mais sensata e mais realista? Qual das duas opiniões é mais própria de um homem de Estado, com sentido de responsabilidade? Qual das duas é mais própria de quem age apenas por moto e interesse próprio, apenas vinculado aos seus inter

Master Toíbin

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" It seemed strange, almost sad, to him that he had produced and published so much, rendered so much that was private, and yet the thing that he most needed to write would never be seen or published, would never be known or understood by anyone." Colm Toíbín , The Master Colm Toíbín é hoje um dos melhores escritores de língua inglesa. Um livro seu, já traduzido para português, O navio farol de Blackwater, já o havia demonstrado. Este livro, que vivamente recomendo (para leitura tranquila, num traquilo deleite de fim de semana) sobre o grande mester americano Henry James é uma confirmação da excelente prosa deste irlandês. Se temos de pensar em tanta coisa má e preocupante, sobre o nosso futuro como país, por estes dias que, ao menos, nos demos a nós próprios um prazer de uma boas horas, passando páginas e saboreando... na angústia de não querer abandonar esta obra de Toíbín.

"Portugal no seu melhor"

Portugal é reconhecido como um dos países mais atrasados (económica, social e culturalmente) da União Europeia (antes e depois do último alargamento aos países de Leste). Portugal é o país que mais necessita de fazer um esforço para se aproximar do patamar de desenvolvimento dos seus parceiros e concorrentes europeus. No pós guerra (Segunda Guerra Mundial) diversos países, mais directamente envolvidos ficaram com o seus tecidos económicos e sociais destruídos, ou bastante danificados (com excepção de algumas indústrias directamente ligadas ao esforço de guerra). Foi o caso da Alemanha, da França do Reino Unido e da Itália e, ainda - embora de forma distinta e a ritmo muito inferior e, principalmente, com objectivos e pressupostos diferentes- os países de Leste, para além da Cortina de Ferro . O enorme esforço de reconstrução é, hoje ainda, o pilar de grande parte da economia industrial dos países mais envolvidos naquela guerra absurda. Os padrões de comportamento laboral ficaram inde

O (des) Governo da teoria

(ia escrevendo por aqui abaixo e pluffff! rebentou-me o Firefox na ponta dos dedos e agora...e agora... perdidas aquelas primeiras palavras, ao fluir da mente- pouca-mente , mas alguma...- já nem apetece escrever o mesmo...) Então o Sócrates (não me apetece chamar ninguém de Engenheiro ou doutor, desculpem-me, sou mais primário, como se costuma dizer da Direita, que é quem todo aquele que não se acha de Esquerda, segundo alguns papalvos...) sempre aceitou as medidas do Ministro das Finanças? E fez muito bem. Pelo menos assim já o Governo pode dizer que fez alguma coisa. Já não era sem tempo. Mas fez mal. Isso é outra história... Tantos anos de Estado despesista, imobilista, retrógrado ( old fashioned é mais elegante, mas hoje estou mais básico, mesmo- hoje e sempre para os meus caríssimos amigos esquerdistas, dou-lhes essa de barato!), pesadão, improdutivo... Tantos anos de empresas despesistas (embora aí com maior rigor na selecção de quem pode e quem não pode ser despesista), imobil

A dificuldade de um português ser optimista

Nos últimos tempos- anos- tem o nosso querido Portugal, andado por mares muito mal navegados, coisa que, no mínimo, não fica nada bem a um país de ancestrais marinheiros (mas também isto se tem vindo a esboroar, a perder, talvez em definitivo). Num primeiro impulso, talvez pueril, ou consequência de uma análise superficial, sou tentado a dizer que os últimos tempos têm uns... quatrocentos anos (tendo o nosso declínio, se tivemos apogeu, se iniciado exactamente logo após a grande época das Descobertas). Mas, contendo-me, vou esforçar-me por assumir uma sensatez que se me torna cada dia mais difícil encarnar. Limitemo-nos, pois, a uma análise de duas épocas: antes do 25 de Abril e os últimos dez anos. Do “antes de Abril de 1974”...nem é preciso escrever muito, pois já muito foi dito, nem sempre a verdade, tal como a sentimos todos nós, os “sem nome”. Mas para esta minha reflexão, basta-me uma simples constatação: nem tudo o que de mau se passou se deveu a um homem apenas m

A importância de LER: uma análise superficial

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Para que fiquem mais claras algumas ideias, antes de me enveredar pela reflexão a que me proponho, quero começar pelos seguintes pressupostos: Primeiro ponto : Para vivermos e sentirmo-nos bem, não é fundamental termos gosto pela leitura. Tudo depende das nossas expectativas, em relação à vida, ao que se quer e espera dela. E do nosso relacionamento com o meio em que nos inserimos. Segundo ponto : Para sermos informados, não é fundamental lermos livros. Aliás, uma grande parte da informação flui hoje com velocidade tal que não se compadece com o ritmo da feitura (escrita, revisão, proposta a editoras, impressão, distribuição, ...etc) de um livro. Hoje, o ritmo e a frequência informativa são de tal ordem que tudo nos chega mais rápido do que a informação contida num livro (partindo do princípio que esta será relevante, formativa e contribuinte real para a cultura individual). As notícias chegam ainda mais rápido do que o tempo de uma viagem, mesmo de avião. E nem sempre assim foi. Terce

A nova mania dos desafios

Há algum tempo que me questiono sobre o que motiva alguns dos mais assíduos (diariamente frequentadores) escrevedores (escritores/as??) dos blogues portugueses a se desafiarem mutuamente... a questionários, textos e outras coisas mais. Será instinto infantil? Será a procura constante por uma constante frequência dos seus blogues, pelos seus leitores? A mania do "sitemeter"? Interessante... Porque não, apenas, escrever livremente? A forma, aliás, mais segura de se ser livre? Pensar e exprimir (não expressar, como agora é frequente ouvirmos e lermos) livremente, seguindo, assim a natureza e originalidade da "filosofia" (termo exagerado, diga-se) da blogosfera. Há por aí muitos escrevedores de blogues que encaram isto como se de um jogo - do género dos que se podem fazer em fins de semana com amigos ou família, à laia de "passatempo" (quando a conversa ou a leitura é demasiada para certas cabeças...) - se tratasse. Enfim...há gostos para tudo, mesmo que maus

Carlos Ruiz Zafón

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Um excelente livro. Literatura no seu melhor. Para ler devagar, saboreando, sem parar.

Lê-se mais...

Tenho lido que se lê mais, agora (interessante frase...) em Portugal. Espero que sim, sinceramente, eu que me arrepio quando assisto a cenas da nossa via provinciana, diariamente, em todo o lado. Nas ruas, nos cafés, nas empresas, nos espectáculos, na TV (mas desta não posso dizer muito pois sou mau cliente) Lê-se mais e espero que se leia MELHOR. Com espírito crítico, com profundidade, para retirar da leitura uma aprendizagem, uma experiência nova, ideias, sensações. Para que a leitura mostre a todos os que agora se acrescentam , todos os dias, pouca a pouco, ao clube de leitores reduzido, ainda de Portugal, se torne mais culto, mais informado, mais exigente consigo e com os outros. Espero que esta senda continue. Que esta Onda se alastre e se agigante. Que nos renovemos por dentro, para darmos aos outros mais e MELHOR de nós. Mas agora resta saber se temos muitas editoras à altura do que Portugal necessita neste campo. Muitas editoras, sei que temos. Editoras boas...algumas, sim...m