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A mostrar mensagens de novembro, 2005

O pior dos corporativismos

Sempre fui contra o Corporativismo, como forma de estar na vida profissional e pessoal e de se defenderem interesses, muitas vezes até justificados. Hoje temos ainda em Portugal uma das mais fortes e duradouras expressões do Corporativismo: as farmácias, como actividade económica. Não conheço nenhuma outra forma de expressão comercial tão lucrativa e saudável, que tantas alegrias tem dado aos seus proprietários e alguns colaboradores, pelo facto de terem conseguido impor a defesa de uma actividade profissional, como nenhuma outra o conseguiu. É aberrantemente retrógrada a ideia de que uma Farmácia tenha de ser propriedade de um farmacêutico, pelo facto, aliás falsamente defendido pelos seus mentores - Associação Nacional de Farmácias e seu dirigente, farmacêuticos e alguns "iluminados", como o foi Ferro Rodrigues, que conseguiu descobrir uma função social no negócio mais rentável que em Portugal existe e, de forma muito estável, contra todas as crises ainda se mantém de assim

Um sonhador compulsivo

Tinha por hábito fazer o seu passeio a pé até um dos bancos junto à margem do rio. Manuel, Teodósio de segundo nome, que ninguém sabia, nem ele usava, era um ser solitário e, ali, naquele banco, sentindo o frio seco e o vento suave, mas cortante, que anunciava o Inverno, se sentava a pensar num mundo só seu. Num mundo que queria tivesse existido, mas que nunca na verdade conhecera. Baixava ligeiramente a cabeça e, por baixo das suas grossas sobracelhas, herança familiar que lhe davam aquele ar antigo e sisudo, ia observano o raro e triste movimento, no rio e no passeio que o separava da água. Os homens e as mulheres conheciam-se há uns milhões e milhões de anos e não se entendiam, não se conheciam. Continuavam a debater-se os mesmos temas de costume. Da igualadade, da liberdade, da distrubuição de riqueza, da justiça e das mesmas oportunidades para todos. Mesmo que tendo avançado muito, o mundo desde um Platão, um Lutero, um Robespierre, um Montaigne, Sartre e tantos outros continu

Cavaco

Já há muito decidi votar em Cavaco. O que é mentira, parcialmente. Na verdade, apenas depois de ele anunciar oficialmente a candidatura... Nesse dia porém, só não fiquei eufórico porque alguma experiência de vida já acumulada, me desinibe de tais excessos pueris. Mas há uma coisa que me tem incomodado. Gostaria de ver Cavaco Silva mais inovador no discurso, mais fluente e menos repetitivo. O que apenas tem a ver com questões semânticas, pois para se ser Presidente, ou qualquer outra coisa em política, há muito que tenho para mim que, mais importante do que a fluência da palavra é a seriedade da mesma. A genuidade da palavra. Por oposição à correnteza boçal e excessiva quase roçando a ponografia da mesma, como acontece há mais de trinta anos com Soares e há menos que isso com Guterres, Sócrates e outras falsidades que por aí abundam.

Nós e os outros

Somos os tristes da UE... Porque tem de ser assim? Podemos ser uma potência europeia de Turismo, Energia (com um forte investimento em Energias alternativas e Nuclear), indústrias tecnológicas e de precisão... Mas em vez disso teremos de viver, asfixiando-nos, com um nível de impostos insustentável, apenas porque o Estado insiste em permanecer gordo e despesista... Ou julgamos nós (porque o Governo há muito que o sabe, mas não diz a verdade, por lhe ser adversa) que com uma tão tímida redução da despesa pública e manutenção de despesismo (megalominas nas obras públicas, criação de comissões e grupos de trabalho- caso do Metro do Porto, que se já estava mal, como ficará com aumento das despesas por via de um grupo de trabalho de amiguinhos...?) se pode algum dia dar um forte impulso a novas áreas de investimento e criação de riqueza? Portugal precisa de uma solução 'filandesa' na sua economia, ou irlandesa, em termos económicos e sociais... mas não se vê como com esta arrogância

Crónica de uma morte anunciada

Escrevia eu, há uns dias, que após a aprovação do orçamento viriam as más notícias sobre a economia portuguesa. Logo depois de ter passado na Assembleia da República - qual espécie de encenação desta maioria entregue, pelo povo, a um partido de incompetentes - seguiram-se as entrevistas a diversas personalidades tidas como referências na área económica. Quase todas foram unânimes em que o Orçamento de Estado para 2006 é, em termos gerais, um bom documento, do ponto de vista teórico, pois se pudesse ser posto em prática, os resultados em termos de redução do défice das contas públicas e em termos, mais difíceis de execução e de obtenção de resultados positivos, de crescimento da economia, assim como da melhoria da distribuição de riqueza. O problema é a execução do Orçamento. O problema é ainda, agora, mais real depois de ter sido confirmado que o crescimento da nossa economia será, em 2006, muito menor do que o Governo queria fazer crer. E com um crescimento da ordem dos 0,3% ou 0,4%,
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Foi uma falha minha. Mas passou-me, aqui na blogosfera, o lançamento do livro Encandescente. Por nos últimos tempos andar imenso em viagens, por cá e por lá. Não tenho já a frequência destes espaços, como desejava. Não conhecendo ainda o livro, mais do que pela sua capa, sei, no entanto, pelo blog que costumo visitar, pela sua qualidade, sensibilidade e imensa beleza, dos textos e das fotos, o livro tem de ser lido e saboreado. Parabéns Encandescente!

Orçamento aprovado. Agora virão as más notícias...

Orçamento aprovado. Uffffa! Foi dificil, com este estado de poder absoluto do governo absolutista... quase que não conseguiam, ufaaaa! Aprovadas também as contas do início da nossa desgraça: do TGV, da OTA, dos institutos, comissões, etc... que se irão criar para dar emprego aos amiguinhos... Mas enfim, como pelo menos metade do que lá está no orçamento não é para cumprir, como sempre o é com governos socialistas, podemos ainda ter a sorte de que o que não se fizer seja a parte que realmente é melhor que não façam. Mas agora virão os dias difíceis do bluf Sócrates: o relatório do Banco de Portugal- mesmo que maquilhado pelo amiguinho que lá está - o da União Europeia, do FMI, etc... O problema é, como sempre, que seremos sempre nós todos a pagar a incompetência e a arrogância (também a arrogância de pouco a pouco, paulatinamente, se ir colocando tudo o que é amigo, e se compromete a não fazer ondas) em tudo o que lugar de nomeação. Como diz Saramago (que visão, homem! que democrata!)

O palhaço e o seu "cara-branca"

Sempre gostei de circo. Desde criança que aprecio o espectáculo do circo, pelo seu ambiente, pela magia que me transmite e por tudo o que lá vejo, toda a espécie de números e pela variedade também, claro. Os palhaços sempre me mereceram o maior respeito. Nunca os achei artistas menores e, pelo contrário, sempre os considerei e ao seu papel, inteligente, na minha forma de os ver, usando de uma arte específica, que não está ao alcance de todos, para atingir o objectivo da crítica, social, cultural ou mesmo política. Não quero, por isso, que me entendam mal, quanto ao mais elevado respeito que tenho por palhaços, mas pelo profissionais, claro. Ontem, no entanto, ouvi o Jorge Coelho referir-se a Nikolas Sarkozy como sendo "um palhaço político". Fiquei mais embasbacado do que quando ia com os meus pais ao circo! Não pelo objecto da ofensa ser ou não o que Coelho pretende que ele é. Mas pelo tom que, vindo de um palhaço, humano e político, como Jorge Coelho (upsss, fiz o mesmo...

Desligar ou exasperar-me?

Hoje assistindo a um pouco, apenas a um pouco, da discussão sobre o Orçamento de Estado para 2006, espantei-me e exasperei-me (porque ainda me admiro eu com tais coisas, depois de tanta intolerância e arrogância demonstrada? Ainda por cima por gentinha tão menor e mal formada, mas de uma repetida incompetência que nos sairá, a todos, a eles também, muito cara) quando, pela observação de António Pires de Lima, Sócrates- com a sua arrogante má-criação com que, diariamente, nos presenteia fazia gestos, trejeitos e observações para o lado, para os seus (coitados) ministros... ...após o que deu recado ao ministro dos Assuntos Parlamentares (os dos Recados Parlamentares, tal a desconsideração que esta maioria absolutista -ou será poder absoluto?- nos habituou)... Cada dia tenho mais vontade de desligar. A mim e à TV. Um desgraçado orçamento que tenta - pretende, aliás- equilibrar as contas nacionais com mais receita, mas com (quase) a mesma despesa... é ...de rigor??? Hmmm, talvez, talvez, c

Nunca mais começa e...depressa acaba

Pois... já me começo a saturar de ouvir as idiotices de Mário Soares. O candidato do PS- é assim, partidarizado, que ele se quer- tenta mostrar o seu ar de homem de estado, como sempre se esforçou, tentando apagar, ou fazer esquecer o tom provicatório e ameaçador com que iniciou a sua pré-pré-pré campanha "contra a direita", esse bicho mau e perigoso, esse homem que pode tornar-se um perigo para a democracia que, ele Mário, acha que fundou... Irrrrra! Que o homem não nos deixa em paz. Interessate é observar os modelos europeus e não só, ditos socialistas democratas, ou vice-versa, vem a dar ao mesmo, como falidos se tornaram. Nunca resolveram problemas de desemprego em nenhum país. Nunca contribuiram para o crescimento económico nem prosperidade em sítio nenhum, mas, ao invés, sempre conseguiram contribuir para a melhoria do bem estar dos políticos-profissionais (ahhh! esta é que os tem deixado aflitos! Pelo que sabem como os atinge, como estado-depedentes e arrogantes-estati