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A mostrar mensagens de março, 2008

Maurits Cornelis Escher

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Já tiveram a sensação de, ao visitar um lugar pela primeira vez, lhes parecer que já o conheciam, muito familiarmente? Ou de estarem dentro e fora do mesmo sítio em simultâneo? Como se estando dentro, o estivessem a ver por fora? E isso em relação a uma pessoa, normalmente com quem temos afinidade ou empatia muito forte? E a nós mesmos? Estarmos a observar-nos por fora de nós? Há explicações para tais sensações, impressões, fenómenos, adiantados por estudiosos, ou pseudo-estudiosos. De fenómenos. Normais ou paranormais. Mas Maurits Cornelis Escher, um genial artista, nem sempre muito conhecido, ilustrava isto como ninguém. Uma capacidade de abstracção absolutamente genial. A figura aqui ilustrada, uma fascinante, intrigante e vertiginosa pintura de Escher, dá-nos bem a dimensão da sua genialidade. É uma galeria dentro de um quadro, ou um quadro dentro de uma galeria? Ou um cidade que se contém a si mesma? Ou um homem que se contém a si mesmo? Mas... tal como nos explica a ciência, ou

As finanças salazaristas e o governo Sócrates: a demagogia eterna dos ministros da finanças.

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Quando Salazar tomou posse da pasta das Finanças, a primeira coisa que constatou e à qual se dedicou foi precisamente o défice do Estado. Para muitas pessoas esta é uma ideia moderna, uma preocupação recente dos nossos 'ilustres' ministros das finanças, e da União Europeia. Nem assim é, nem nos tempos actuais se trata de uma ideia da União Europeia. Esta tem sido uma batalha dos dirigentes do Banco Mundial. Precisamente porque é um dos maiores problemas com que o Banco Mundial tem de lidar. Ao ter de lidar com bons equilíbrios económicos e financeiros, ao ter de se preocupar com o andamento e a saúde da economia mundial, para poder gerir fundos e actividades de apoio geradas entre países ricos e países em desenvolvimento, tem de encontrar, com cada um dos grandes blocos económicos e com cada país que os constituem, com a boas contas dos respectivos Estados. Mas esta ideia já existia no tempo de Salazar, em 1928...e foi a sua grande luta nos anos subsequentes. Com o prestígio qu

Violências

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Assistimos todos, envergonhados, como portugueses, às imagens da violência perpetrada por uma aluna contra a sua professora, em plena aula. Analisemos as imagens, visto não conhecermos os antecedentes que conduziram à situação. A professora pretendia que a aluna lhe entregasse o telefone móvel. Presume-se que a referida aluna estivesse a usar o telemóvel durante a aula. Neste pressuposta, a razão só pode assistir à professora. Como a professora insistia e a aluna resistia, assistiu-se a um “braço de ferro”, um preliminar de uma luta que até poderia ter tido mais gravidade. Assistiu-se, também ao incitamento à resistência, ou à violência, por parte dos outros alunos. E, pela minha muito falível análise, não se assistiu objectivamente, a nada mais. Mas não será difícil inferir do restante. Do que pode ter conduzido à situação visualizada. Mas perguntemo-nos, em vez de tecermos considerações ou afirmarmos sem conhecimento de causa. Terá aquela professora ascendente suficiente sobre os seu

O homem que queria ser Sarkozy

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Luis Filipe Menezes insiste no mesmo estilo, avulso, desgarrado de qualquer estratégia- não se conhece qualquer estratégia ou ideia, linha de pensamento, ideologia até do actual PSD. Luis Filipe Menezes insiste em permanecer na liderança do seu partido, autistica e teimosamente, contra tudo e todos os avisos à própria sobrevivência do PSD. Esta atitude, sendo mais um sinal de cegueira e uma demonstração cabal da sua incompetência, vai trazer ao PSD, com graves consequências para o país. Porque o problema de falta de liderança, ou seja de uma liderança com conteúdo, com ideias novas e um projecto, é o problema dde não existir alternativa elegível. A integridade da pessoa não está em causa. Mas a do político via passar por saber reconhecer que será mais benéfico sair, do que permanecer, estrangulando um projecto, já de si com problemas de credibilidade, devido aos desastres de Durão Barroso e Santana Lopes. Ana Drago do Bloco de Esquerda tem sido, com frequência, a mais eficiente oposiçã

A Lição da Chuva

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Umas gotas transpostavam-no para o passado, com tudo ou que de bom e mau isso lhe trazia, outras empurravam-no para o futuro. A cada gota que escorria, escolhia se era passado ou futuro, que trajecto isso fazia a sua mente percorrer. Do passado... Aquelas férias cheias e reparadoras em Marrocos, ou as de carro até Praga, onde se desvendara uma das cidades mais lindas que alguma vez vira. Ou de Veneza, a bela. Tantas e tantas recordações. Nem todas boas. Futuro... A gota ao lado, escorria rápido e levava-o a um futuro desejado, que terminaria com a solidão dos seus últimos tempos. Que o preencheria com projectos de ajuda e apoio a outros. Que lhe traria um sucesso profissional... Mas outra logo se interpunha, ligando-se à anterior e dava-lhe o calafrio forte da sua maior desilusão, mas também, numa mistura de restringir o ar no peito, dos mais belos momentos de que se conseguia lembrar. As gotas da chuva faziam-lhe a vontade ao pensamento confuso. Dividido. Entre extremos de sensações.

Tibete: O sofrimento de um povo sereno

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Se há povos serenos e pacíficos, que nos merecem respeito ou até veneração, um deles é, sem dúvida, o tibetano. Ao longo de milhares de anos este povo desenvolveu uma forma de vida positiva, serena, conseguindo aquilo que muitos outros, nós ocidentais e europeus em especial, procuramos, ou pelo menos, andamos a enganar-nos, dizendo que o procuramos. A vida sem sentir as necessidades de que nós europeus, tão obsessivamente, dependemos, encontra-se ali nos vales altos desse país belo e mágico, que até na geografia parece aproximar-se dos deuses, mesmo sem se discutir se estes existem. No Tibete acredita-se na vida serena. Na vida com respeito pelos outros. Por todos os outros. Sem excepção. E, essencialmente, na vida como bem único e insubstituível, mesmo tratando-se de um povo cuja religião acredita na vida além morte. O respeito pelos outros e pela vida é superior a todos os outros bens humanos e reais. A morte dos outros é aceite, como passagem, para uma outra vida, mas a morte prov

Memórias

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Todos os dias passavam por mim, pessoas de todas as idades e distintas situações sociais. Tristes ou felizes. Velhos e novos. Apaixonados ou zangados. Uns falando muito, outros em silêncio pesado. Há anos que eu era o ouvido mais passivo deste passeio marítimo. Assisti a confissões de amor. A traições amorosas. A discussões e separações. Não sei se definitivas. O meu papel era, e é, o de levar com tudo, ouvir de tudo e nada fazer. As minhas memórias misturavam amores e desamores, políticas, raivas incontidas. Até me haviam batido imensas vezes, no quente de discussões insuportáveis. A minha companhia, sem o ser de verdade, foram estas palmeiras, algumas bem mais novas do que, e este rio, esse sim muito mais antigo. Se eu tinha tantos e tão difíceis segredos comigo, tanto como aturar ébrios, sexo pela noite dentro, conspirações políticas, parecera-me., imagino este rio imenso.A diferença é que eu não podia escolher o local onde ficar e o rio, esse, levava tudo com ele, todos os minutos.

Ridículos

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Luis Filipe Menezes e o seu incompetente e arrogante Secretário-Geral, gostam de seguir as passadas de Sócrates, na atitude, e nos resultados. Na atitude, são arrogantes, narcisistas, antidemocráticos e profundamente incompetentes. E agarrados ao poder, custe o que custar. E, assim, ir-lhes-á acontecer o mesmo que a Sócrates, um destes dias… serão despedidos pelo Partido e envergonhados em público, pela desgraça em que insistem em deixar tudo à sua volta, tudo em que tocam e pelo ridículo do que dizem. Sócrates só os bate numa coisa: a falta de educação e consideração para com adversários, a quem tem por inimigos. E, sendo inimigos há que se usar das mesmas medidas de Átila, perseguindo e tentando aniquilar todos os que divergirem do que ele diz ou pensa. Ou seja, todos os que mostrarem ser minimamente inteligentes e democratas. Assim usa todos os meios, e se não estão ao seu dispor, procura que estejam. Os tribunais, que, assim, caíram em descrença, o Banco de Portugal, que torneia os

A importância de ser verdadeiro

A 22 de Janeiro escrevi neste blogue sobre a crise financeira e sobre o optimismo mal disfarçado do Governo. Eu previa que a crise iria atingir Portugal, financeira e economicamente. E tal afectaria, como vai afectar, pessoas individuais, famílias e empresas. E o próprio Estado, no que concerne à dívida externa, que aliás só tem crescido, todos os anos com este Governo. Como tem crescido aparte do défice afectada pela despesa pública. Apenas se tem controlado o famigerado défice pelo lado da receita. A despesa da Administração tem aumentado, anualmente, mais do que o crescimento do PIB! Ou seja, enquanto o Estado não se poupa a exageros, pagamentos exorbitantes a gestores públicos, hospitalares, bancários e outros, em valores mensais de mais de quarenta mil euros (o mesmo de que se queixava o poder socialista em relação ao anterior e eficiente Director Geral dos Impostos, hoje administrador do BCP), fazendo, também dessa forma, crescer a despesa corrente, impõe-nos a todos o flagelo

Irmãos na desgraça

Lá, como cá, o povo não sabe escolher. Mas é, obviamente soberano. Mas, lá, como cá o povo não tinha escolha, pois é tão pouco prometedor, ou de confiança numa liderança alternativa e competente, o líder do PP de Espanha, como o triste líder do PSD em Portugal. Entre mau e mau, o povo espanhol, fez como o português: A escolha da ilusão. Lá em Espanha, como em Portugal, a escolha do PS leva a atraso, queda acentuada do desenvolvimento económico e empobrecimento da população. E a parte da população mais responsável pela escolha, em Espanha, como em Portugal, é a que mais sofre e sofrerá com a sua escolha. Perante o vazio, que fazer? Também se prevê que nos acontecça a mesma desgraça em 2009. O PS é profundamente incompetente e o PSD anda a escolher líderes errados há demasiado tempo. E tem um líder ridículo. Alvo da chacota de todos. A mudança urge. Tanto no PSD, como no PS. Mas não irá acontecer com facilidade. Ninguém quer saber. Se, ao menos, não se dependesse tanto da política,

Procuram-se Políticos competentes!

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A grande manifestação dos professores em Lisboa, contra a proposta da Ministra da Educação, mas sem ser claro que tivesse sido contra a avaliação da sua classe, em si mesma, torna claro que não se tratou apenas de um movimento de uma profissão, que sempre teve atitudes um tanto corporativas, sem que esse posicionamento classista acarrete algo de menos positivo, entenda-se. Este movimento e a sua manifestação máxima ontem em Lisboa, pela marcha imensa, congregando, de forma inédita, todos os movimentos políticos e sindicais, foi, também, uma expressão culminante do descontentamento, ou mais claramente, de oposição popular assumida a várias políticas deste governo. Tenho aqui dito, há muito, desde a eleição de Sócrates, passando pelas manipuladas sondagens e opinião jornalística, em que o PS sempre foi mestre, com Soares e vindo em crescendo com Guterres e agora muito mais com Sócrates (afinal não tendo a perspicácia de que goza a fama mas não a merece, pois tornou-se o mais evidente man