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A mostrar mensagens de maio, 2008

Anna Netrebko / A. Dvořák - Rusalka...(Per te...)

Ideias anacrónicas

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  Ando há tanto tempo a insistir que as análises políticas são irrealistas e anacrónicas quando se prendem e tentam, depois, catalogar os partidos e suas personalidades, como de direita, esquerda, ou mesmo de socialistas, comunistas, sociais-democratas, liberais, conservadores, democratas-cristãos, populistas, etc.   O conceito de Direita e de Esquerda vem da Revolução francesa! 1789! Por favor…há tanta evolução tecnológica, ideológica e, não tanto como devia haver, mas enfim, sociológica, no mundo e ainda se agrupam as pessoas à direita ou à esquerda! E não se pensa, que antes da dita Revolução, já havia a gestação das mesmas ideias, e que foram melhor clarificadas ou, até, elaboradas por Voltaire, Rousseau, Montesquieu, Diderot, Locke, Kant.   Por outro lado, podia parecer que a catalogação das organizações políticas nas ideologias políticas ou filosóficas mais comuns, seria mais legítimo e aceitável. E, para mim, já nem isso faz sentido. Um exemplo é vermos um Partido Soci

O nosso tempo...

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Que somos feitos de nadas, já é frase feita. Que somos levados pelas nossas emoções, mas conduzidos pelas de outros, é fruto de uma aprendizagem que, a custo e alguma dor, nos deixa arrastar ao ponto de uma sabedoria acrescida que, esperamos, um dia nos possa proteger. Nos impedir de voltar a cair em erros de que o passado nos marcou.  Somos tão voláteis que, na nossa segurança cega e muda, pensamos não sermos susceptíveis. E, no entanto, voltamos ao mesmo ponto, ou local onde o crime deixou marcas, tantas vezes quantas as da nossa abertura à mesma vontade, ao mesmo instinto, até, de nos deixarmos levar…  Foi assim que vezes e vezes me deixei levar…  Bem, não foram tantas, mas foram profundas, sérias, se acharem mais adequado. Não vou litigiar-me por palavras. Não me interessam discussões sobre significados. Interesso-me por conteúdos, pelo recheio que dá cor, vida e beleza às palavras.  No nosso meio, somos todos feitos do mesmo. A mania da racionalidade já nos abandonou há gerações e

Neuromarketing

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  Uma empresa de origem inglesa, Phd, que actua na área do designado Neuromarketing , dito como sendo uma nova técnica, ou área,  de marketing que utiliza os resultados supostamente produzidos pelas neurociências para desenvolver estratégias de marketing que ‘falem directamente ao cérebro do consumidor’. O objectivo, segundo a directora da Phd Portugal já não é só ‘atingir as pessoas com os anúncios, mas descobrir como influenciá-las’  Da perspectiva científica é simplesmente fantástico estarmos a chegar a uma fase da evolução do nosso conhecimento sobre o cérebro, como nunca antes, devendo-se tal avanço a novas técnicas e cruzamento de conhecimentos, de outras matérias, para além da anatomia, como a neuroquímica e a psicologia.  Mas se o nosso conhecimento já evoluiu muito, nos últimos anos, não será talvez suficiente para que as técnicas de marketing associadas ao conhecimento neurológico, sejam passíveis de se tornarem técnicas de sucesso, pelo menos antes de passarem mais uns

Conjuntura económica

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Em Fevereiro deste ano eu escrevia que Portugal é um dos países, se não o mais susceptível, que mais afectado pode ser pela crise financeira iniciada pelo crash dos subprime nos EUA. Por esses dias o Ministro Teixeira dos Santos, logo seguido do sempre 'sorridente-optimista-qual-arrogante-com-vidinha-a-gozar-a-dos-outros' Sócrates, vinha dizer que Portugal está bem preparado para enfrentar qualquer crise. Seria o encantatório défice que lhe provocava tal autismo e exaltação? Enfim, agora, para minha tristeza e nosso mal comum, vêm os mesmos que antes perfilavam Teixeira dos Santos, embriagados por um controlo orçamental que nem uma Alemanha cumpre (mas que nós, alunos exemplares, de uma estúpida política europeia, asfixiante e limitativa de desenvolvimento económico, queremos a todo custo seguir), dizer que, afinal...afinal Portugal será dos mais atingidos por esta crise mundial. Pois! E quais as razões? Ora...as que eu aventava nesse meu texto de Fevereiro. Mas eu não sou mini

Words for Silence

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Words can harm you. So much as the silence can. The words can teatch you, and the silence, purify you. Live the silence, and then leave it, as you'll need the peace that it can bring to you, but you'll need the words to tell the world what you just learn from that silence, from that peace. Feel love with silence, Live love with words. Have sex with both, silence to feel, words, to give yourself.

Think, by himself

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Sabem vocês que os pensamentos têm vida própria? Talvez saibam. Mas o que lhes vou contar não é a minha história, mas uma pequena parte da minha vida. Que ainda não descobri se é efémera e, dizem-me os outros, que não se chega a saber. Quando tal acontece, deixamos de saber, ou melhor de ser. Estou aqui para vos dar testemunho de um mundo que vocês não sabem. Mas já no século XVII René Descartes nos descobriu. E ficámos famosos através da célebre máxima Cogito ergo sum (penso, logo existo). A todos como eu. Mas, eu…bem, o melhor é apresentar-me, como toda a minha falta de modéstia. Chamo-me a mim mesmo de Think . Considerem-me presunçoso ou não, é assim que me vou auto-intitular nesta breve descrição, ou narrativa se quiserem de um pouco de mim. Ora eu sou filho, prefiro assim, ou produto, se preferem do meu hospedeiro (esta copiei de uma amiga minha, uma ideia muito gira com quem gosto de conviver…). E ele, um humano bem inteligente, ou não me teria gerado. Mas sabem vocês o que é a

Triste Figura

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Por ocasião das declarações de Bob Geldof, durante uma conferência para a qual o BES e a SIC haviam convidado o famoso cantor e activista dos direitos humanos, o BES fez questão de se desmarcar das mesmas, num comunicado totalmente desprovido de interesse e a roçar o mau gosto, para não dizer abjecto. Que interessa ao BES, partindo do princípio de que, como todas as empresas, é feito por pessoas? Que contra tudo e contra todos é sempre melhor defender os interesses económicos, mesmo tendo a plena consciência da razão que assiste a Bob Geldof? Ou que o seu comunicado terá algum impacte, após as palavras, obviamente da responsabilidade única do seu autor? Alguém no seu bom senso, imagina que o patrocinador de uma conferência é responsável pelo que o convidado profere? Isto, claro, excluindo o próprio Governo de Angola, de quem nem será de esperar bom senso absolutamente nenhum, face à sua atitude autista, no interesse dos mesmos, que é a contínua exploração de um povo explorado e martiri

Ferreira Leite e Passos Coelho

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Entre os candidatos à liderança do PSD há dois que se mostram como os que mais futuro podem garantir ao partido e que, além disso, podem constituir alternativa a este Sócrates que nos desilude e nos piora o país e a vida: Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho. Uma representa a experiência, a honestidade e a verdade, com a frontalidade e transparência que ninguém lhe nega. Representa também a competência, por muito que alguns ‘amiguinhos do PS’, ditos independentes uns, outros nem tanto, que lhe queiram imputar a mancha de não ter conseguido controlar o défice. Não só o controlou, como o fez da forma adequada: vendendo imóveis inúteis ao Estado, mas úteis ao equilíbrio das contas públicas. Dizem os mesmos denegridores de serviço, que Teixeira dos Santos é que leva os louros do controlo orçamental, coisa de que discordo em absoluto, sem sequer me dar ao luxo de um pestanejo: controlou tudo pelo lado da receita, estrangulando um país que começava a abrir e a crescer economicamente,

Violência psicológica, física e sexual

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Nas últimas semanas ouvimos e vimos notícias sobre o abuso sexual por parte de pais, presumo eu perturbados ou gravemente doentes mentais, sobre as suas filhas. O caso mais falado, na Áustria, não se tratou apenas de abuso sexual, mas violência física, pelo que implica restringir a liberdade, ou, no caso concreto negar a total liberdade à própria filha. Não consigo, nem com o maior esforço, não digo entender, mas no mínimo imaginar como pode um pai, perpetrar um acto de tão grande violência sobre a sua filha. Como o pode fazer durante vinte e quatro anos! Não consigo imaginar um ser humano, normal, ao menos, ser capaz de um acto de violência contra um filho ou filha. Mas durante vinte e quatro anos, aquele homem conseguiu, cá fora da sua casa, levar uma vida aparentemente normal. Se isto é assim, abre-se a possibilidade de que muita gente, aparentemente normal, possa praticar actos de semelhante desumanidade, de idêntica violência e criminalidade. Hoje ouvia uma notícia sobe uma france

Ler e pensar

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Apesar de nos últimos anos o panorama da leitura em Portugal se ter vindo, gradual e lentamente a alterar, ainda somos um dos países onde se lê menos. Sejam um jornal uma revista ou apenas um livro por ano. Muitas pessoas passam dia e dias, durante meses ou anos, sem ler absolutamente nada. Ou apenas lêem uma etiqueta de um produto comercial, ou um rótulo, uma receita médica, um menu de restaurante, um título de um jornal que não compram. Uma língua está viva enquanto praticada e sujeita a uma evolução, mais ou menos lenta, pelos seus falantes. Mas uma língua tem a sua base fundamental na forma escrita. Profissionalmente, muitos de nós fazemos muitas leituras, de cartas, de correio electrónico, de documentos de trabalho. São, porém, a maioria das vezes, escritos tais documentos, em linguagem limitada, senão hermética e característica da profissão em causa. São pois linguagens sem a riqueza suficiente, para servirem de genuíno exemplo do que eu chamo de leituras. A leitura é uma base es