Prós & Contras


Um debate com representantes dos cinco partidos parlamentares, muito pouco esclarecedor.

Um ponto interessante, que pelos vistos passou despercebido dos intervenientes no debate, assim como a Fátima Campos Ferreira, a (pseudo) moderadora: Santos Silva provocava Paulo Rangel quanto à proposta eleitoral do PSD referente à descida da Taxa Social única, que aquele partido apresenta como uma das medidas para reanimar o emprego (por mim duvido, e acho de muito pouco alcance, enfim...). Santos Silva ia dizendo que o valor dessa proposta vale cerca de mil milhões de Euros, contrapondo Rangel com setecentos milhões. E, ironizava o socialista com 'então querem parar com o projecto do TGV porque é caro, mas depois querem que o Estado receba menos mil mihões de Euros' (não foram estas as exactas palavras de Santos Silva, mas foram próximas e com este sentido). E ninguém, mas ninguém, referia que:

  1. Uma coisa é despender doze mil milhões (12 mil milhões!) de Euros num TGV de muito duvidosa utilidade e esclarecida inviabilidade económica, outra é beneficiar as empresas com uma redução total nacional de cerca de setecentos milhões, com o objectivo de reanimar o emprego (repito que duvido que seja suficiente, mas enfim...se o for é para as grandes empresas e não para as pequenas e médias, as que Manuela Ferreira Leite, e muito bem, pretende que reanimem a economia e o crescimento do Produto Interno Bruto).
  2. Comparar benefícios para sectores com investimentos duvidosos, é uma ginástica mental própria para quem os números em economia nada dizem.
  3. Querer ridicularizar um partido político com base na sua séria proposta eleitoral, que considera de impacte social positivo e um incentivo na economia, e esquecer-se de que os mais ricos e desenvolvidos (Relatório do Desenvolvimento Humano das Nações Unidas: os nórdicos todos e mais alguns na Europa Central) não têm e nem querem TGV's...
  4. Fazer comparações entre os mais desenvolvidos não terem TGV com os países que nem têm Democracia efectiva (alguns de leste)...
Este Augusto Santos Silva faz pensar em como é possível termos Professores Universitários com esta cabeça e, principalmente, com esta atitude permanente de garoto traquinas, de moço de recados de um homem sem integridade e sem formação superior, sem currículo escolar quase (o Primeiro ministro que, não tendo qualquer licenciatura, se afirma engenheiro e, pior, sendo impossível sem se ter uma licenciatura, um Mestrado em gestão, um MBA, mas que submete a estes ridículos pessoas com currículo universitário, um Santos Silva que se comporta com 'cowboy' da política)... com o seu ar ridículo, de uma falsa e nervosa ironia, para com todos os seus adversários políticos.

Ontem notou-se e confirmou-se muito bem este estilo de estar na política e na vida, convencido da sua superioridade, afinal, uma evidente inferioridade. Este estilo e postura foi iniciado por Sócrates, mais como defesa para as suas imensas fragilidades.

Atacar e ocupar o tempo assim, com garotices baratas e inadmissíveis em política séria, para distrair adversários e jornalistas menos atentos e focados no importante. Atacar vilipendiando tudo e todos, os que se opõem a si mesmo e às suas estapafúrdias ideias. Sempre fazendo referências a um passado que já não interessa a ninguém e nem está a sufrágio, como se o responsável pela política actual e com uma maioria absoluta não fosse ele mesmo.

Mas o pior mesmo é o seu estilo de 'puto' irresponsável, que num tom de 'gozo' se dirige a qualquer adversário como se ele, e só ele, fosse suficiente e bastante à Democracia. Como se a própria Democracia o incomodasse. E assim persegue adversários, influenciando ou impondo a juízes e polícias inquérito inconsequentes, lançando boatos em órgãos de comunicação fiéis ou submissos, por razões pouco claras e interesses mútuos.

Na Assembleia insulta todo aquele que se lhe opõe, para logo de seguida se vitimizar. E volta a falar do passado (ai fala de nós...e quando esteve no Governo o que fez? Esquecendo que há momentos certos para tudo e... até para se ter de responder pelos nossos actos na altura própria, que é Agora, para ele, Sócrates o Mistificador!)

Um estilo em fim de vida, com apenas mais quinze dias de existência...?

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