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A mostrar mensagens de dezembro, 2009

2010: O primeiro local do Novo Ano

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Kiritimati , ou Christmas Island, parte da República de Kiribati, é o primeiro local habitado do mundo, onde o ano muda. Este ano, às 10h00 TMG já se estão, nesta ilha, em pleno pacífico, em 2010. " É considerada o maior atol do mundo. Tem 642 km² de superfície emersa o que representa 70% do território de Kiribati. É o primeiro local habitado do mundo a ver o nascer de cada dia, pois usa o fuso horário UTC+14 . Tem cerca de 5 mil habitantes." (Wikipedia) Estão eles mais avançados do que nós? No ano novo, claramente. Mas nós levamos vantagem sobre a fabulosa terra-de-todos-os-acontecimentos: New York. Levamos seis horas de avanço no sentido da mudança do calendário. F E L I Z A N O N O V O ! UM GRANDE E EXCELENTE 2010!

A Festa

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Hoje, deixo-vos um belíssimo texto, lido pela autora, Aline Bazenga, numa Rádio no Funchal, que conta boa parte da vivência da minha infância, da minha família e da "Festa", do Natal, na minha ilha. " Uma cereja no Outono, o nariz molhado em molhinhos de Junquilhos, sentada nos degraus, entre os poios. Cheira-se a Festa a chegar. De lálem, no Lombinho, sinais da matança no ar. A do Francisquinho, no meu Lombo, Senhor Francisco dos Armazéns, será no Domingo que vem – pensava eu, com os meus botões. Estive lá. Os homens, contentes, do lado de lá, à volta do porco deitado, já quieto. Do lado de cá, as mulheres. Com elas provei o primeiro petisco do porco. Sabia a morcela sem ser, e misturava-se a lasquinhas de bacalhau, de mais apetecer. Naquele ano não seria na padaria. O primo Alcino tinha um forno para estrear. E foi a calhar, para os meus primeiros bolos também. E a receita? A tia dizia – a da avó é a melhor. A

O Tratado

O Tratado. O 'De Lisboa'. Que nos há-de 'tratar' da saudinha , a quase todos. Dizem-nos que é importante. Para dar outra eficiência à Europa, querendo eles dizer às instituições da Europa. Porque a 'Europa', das pessoas, somos nós e não as 'instituições'. Para começar. Dizem-nos que, assim, a Europa será ainda mais importante aos olhos dos outros, dos não-europeus. Que, assim, terá a Europa (afinal, parte dela apenas, mas a parte da Europa selecta, a evoluída...) terá outra voz, mais forte e sonante, nesse mundo injusto para a Europa, nesse mundo que cria crises financeiras de que, depois a Europa vem a sofrer. Nesse mundo que produz mais barato do que a Europa e é, assim, profundamente injusto para quem lhe ensinou, afinal, a produzir. Mas a Europa é a dos que decidem por ela? Ou é a dos que decidem quem decide por ela? Dos mesmos que amanhã não sabem se também vão receber a notícia, ou a carta, de que também ficarão desempregados, sem o rendimento e a

Os loucos de Lisboa

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A manhã começou suave e doce, e fresca e límpida, desde o trajecto de comboio até Lisboa, ao autocarro que me levou ao Largo do Rato. Suave e doce, ainda sem a cafeína que se costuma impor matinal e diariamente, uma dependência que, por enquanto, a sinto pouco prejudicial, e que me acalenta a alma no seu amargo quente ... O Allegro do belíssimo Trio K502 de Mozart, aquecia-me o ouvido e enchia-me o espirito de coisas boas, enquanto me deliciava com o sol que batia nas lindas fachadas setecentistas da baixa lisboeta, junto ao Cais do Sodré, ou Praça Duque da Terceira. O autocarro parecia assim flutuar pelas notas aveludadas daquela música redonda e envolvente que noz transporta para outras esferas do pensamento e nos protege de pensamentos menos positivos. Ao passar na rua da Misericórdia, já o rádio do telemóvel ia noutra fantástica obra, a primeira Partita de J.S. Bach, para violino solo. Uma música que nos aproxima 'dos deuses' ainda que eles possam nem existir. Uma música un

Reflexões, ou pura retórica.

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Um dia acordamos e parece-nos tudo, quase, normal. Um dia saímos de casa e logo aos primeiros 'acontecimentos' nos damos conta de que esse dia é tudo, menos normal. Ou que, afinal, os outros dias também não o foram. Porque vemos tudo, se não tivermos feito o esforço devido e honesto de usar outros meios (os dos outros, nomeadamente), pelos nossos olhos (uma composição complexa entre visão, mente e experiências acumuladas, nem todas, sempre positivas ou construtivas...) e nos deixamos levar (talvez nem possa ser de outra forma) no esmagamento que as rotinas diárias nos concedem, não fazemos a pausa que se impõe, para reflectirmos no que andamos a fazer, por vezes há anos, e na construção do mundo em que andámos a laborar... E nesse dia, alguém, talvez consciente ou não, envia-nos um sinal, ou algo que assim interpretamos. E pomo-nos a pensar... De que nos adianta esse distanciamento que, tantas vezes obsessivamente, vamos elaborando em relação ao mundo mais primário, mais automá