Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2010

A propósito do OE 2010

Muito se tem ouvido, nos últimos dias, a propósito do OE 2010. Que, a propósito, o Governo do 'rigor' e da infalibilidade, tantas vezes assim apresentado por Sócrates e Teixeira dos Santos (e ainda mais por Santos Silva, agora por Jorge Lacão, etc) não conseguiu, de novo, a exemplo de anos anteriores, entregar a tempo na AR. Mas alguns dados me vão ficando registados. Um país só consegue ser justo, socialmente, se for efectivo na redistribuição de riqueza e apresentar um caminho, já nem digo de desenvolvimento, mas de subsistência. Um trajecto de queda, gradual, progressiva e persistente, levará sempre a mais injustiças, afastamento entre ricos e pobres, abusos de poder, abusos de posição dominante, distanciamento das pessoas da discussão da vida pública, desinteresse dos jovens pelo futuro da sua sociedade, do seu país, afastamento da maioria das pessoas do conhecimento e da evolução e aperfeiçoamento pessoais, e muitas outras consequências, inúmeras e impossíveis de aqui nome

Pode um país desenvolvido colapsar?

Imagem
Pode um país desenvolvido colapsar? Ou apenas colapsam países subdesenvolvidos, ou ditos 'em desenvolvimento'? Um país como a Islândia, agora em profunda crise económica e social, pode entrar em banca-rota e entrar em colapso? E que acontece após isso, se for o caso? Jared Diamond não faz prognósticos, mas fez e continua a observar a evolução de sociedades diversas, algumas talvez em perigo quase iminente de colapso e risco de perda de habitantes, forte fluxo emigrante, necessidade urgente de ajuda internacional, risco de grande colapso populacional (e decréscimo populacional acentuado em tempo muito reduzido). Indícios e inícios da queda e tendência para o colapso económico e social são, entre outros aspectos: resistência persistente a um crescimento económico, persistente decréscimo populacional, persistente divergência de parceiros económicos e comerciais, e antes de tudo isto (e muito mais do que estes meros exemplos), drásticas alterações climáticas que conduzam a situaçõ

Os problemas relativizam-se, a cada dia, para alguns de nós...

Imagem
Os problemas que temos. Os problemas dos outros. As nossas desgraças. As desgraças que por aí abundam... Todos os dias morrem cerca de quarenta milhões de pessoas, por fome, no mundo. A bomba atómica de Hiroshima matou mais de cento e quarenta mil pessoas (mas a estatística não é rigorosa e há quem diga que foram bem mais...) e a de Nagasaki, ambas no final da II Guerra Mundial, num momento em que o Japão já pensava em capitular (e estas bombas, nunca se justificando, foram, no momento do seu lançamento, ainda menos justificáveis...mas as atrocidades dos 'bons', dos 'aliados' não se ficam por aqui...) matou mais de oitenta mil pessoas. O terramoto do Haiti tirou a vida a mais de cem mil pessoas, já sem qualidade de vida, tal como a conhecemos na Europa. Agora é fácil sentirmo-nos 'agredidos' e horrorizados, tanto com estes números, quanto com a violência que ainda se faz sentir na ilha que Colombo 'descobriu'. Será igualmente fácil para nós, sentirmos a

Justiça e alguma hipocrisia

Imagem
Há anos que vimos a assistir a este desfile de hipocrisias, vaidades, falsas virtudes, inverosímeis preocupações e muito tempo perdido a nós e a eles mesmos, por parte dos nossos políticos tão provincianos, quanto anacrónicos e ...inúteis. Muito bem! O casamento entre homossexuais ficará hoje autorizado e resolvido. Resolvido este 'grave' problema da nossa sociedade! Por mim, não só acho, sinceramente, que fica, assim, desfeita uma injustiça, como este assunto, tal como outros ainda por solucionar, faz parte do 'dossier' ( e não 'dossiê', porque não me obrigo a mim mesmo a acordos ortigráficos que alterem a forma de escrever que aprendi, impostos por meia dúzia de políticos, com a complacência de outros que, de incultos, nem sabiam o que pensar do assunto. Concordância na lingua, sim, feita de forma natural, ao longo do tempo, com tempo e com as pessoas que a utilizam diariamente, como sempre deve evoluir, ou regredir, uma grande lingua como a nossa) do "Es