Crise para todos mas...pouco universal


Já havia dito tantas vezes, a amigos e familiares. Esta crise nada mudará nos meios económicos ou financeiros. Nada mudará, que seja para melhor, no mundo do trabalho, ou na atitude sobre as designadas 'forças de trabalho'. Mudará sim, para os que ela mais atingiu. Que terão de trabalhar mais, sujeitar-se a novas e mais duras 'regras' e atitudes, por parte dos gestores e dirigentes. Quanto a quem a provocou, que foram precisamente gestores, financeiros e outros, e políticos, ficarão na mesma, actuarão da mesma forma, nada perderão em regalias...

Querem um exemplo, a começar por Clientes? ( e eu entendo muito bem que os custos de uma empresa, por definição, deverão ser suportados pelos seus clientes, se o mercado, a concorrência, quando a há e é autêntica (nada tipo PT versus Zon...) assim o permitir.

Ora, os bancos que nunca deixaram de ter lucros fantásticos, e é normal que o tenham, mas talvez com mais 'decoro' (comercial e financeiro), já se começam a voltar para...a a razão da sua própria existência (voltar 'para', ou voltar 'contra'?). Agradeçamos pois, em primeiro lugar aos que, por tradição e mau feitio, por má formação e por lhes permitirem (nós, clientes), por deformação e por exagero de vaidade pessoal e profissional, e, uns por umas, outros por outras razões, já nos habituaram aos seus abusos (ahhh! saudades dos 'esconderijos dos colchões para guardar as poucas notas...): Banco Espirito Santo (com aquele insuportável Ricardo Salgado, sempre pronto a vender-se a vários poderes políticos, seus clientes 'prime') e Santos Ferreira do BCP (agora na sua melhor atitude socialista, de passar os custos sempre a outros e melhorar, se possível o seu status e regalias, como o fez assim que assumiu o lugar que ocupa, oferta do amigo Sócrates).

É só mais um passo nesta degradação gradual da nossa vida comum.
Um dia, tudo pode dar uma enorme, imensa e violenta reviravolta, a nível político, primeiro, a nível social e económico, depois, quando se começar a despertar, por aqui, e principalmente por essa Europa, e então assistirmos, ou participarmos mesmo, a mais umas violentas manifestações, a convulsões sociais, a autênticas revoluções. Uma coisa é, porém, certa: esta 'ordem' social e económica não irá ficar assim e piorar-nos a vida todos os dias.

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