Tempo

Volta e meia o Tempo prega-nos uma partida.
Ou não o Tempo, em si mesmo,
Mas ele é o único 'juiz no jogo',
Neste jogo intricado,
Entre os melhores momentos (tempo...)
E aqueles em que nos cai tudo em cima.

Neste jogo lindo e fantástico,
entre o acreditar em tudo,
E em muito, e em si mesmo confiar,
E sentir uma exaltação a crescer,
Porque o tempo, afinal,
Vai levar-nos a esse dia,
Em que muito ou tudo há-de mudar.

Neste jogo diabólico, entre a confusão
Que se instala, o pessimismo que chega,
Uma incerteza que cresce,
Uma sombra que nos persegue,
E nos faz voltar a cara,
A tudo o que mal nos parece,
A tudo o que aceitar não se quer.

O Tempo, juiz impiedoso,
Ganha então a sua importância,
Que nunca deixara de a ter.
Releva-se a si mesmo e apodera-se,
Será ele que nos vai fazer, afinal,
Voltar a decidir o jogo
Que queremos tenha um papel.

É o tempo que nos vai dizer,
Em que jogo entramos,
Em que jogo tudo se decide,
Se no de uma vida em paz,
Se numa paz feliz a sorrir,
Se no do silêncio dos tristes.

Enquanto esse juiz não decide,
Nem alguns de nós não choramos,
As tristezas trazidas pelo
Mundo que se nos abate,
Alguns de nós choram,
Outros nem o podem fazer.
Enquanto o Tempo não permite,
Resta-nos enganar o Juiz
E acordar um novo dia
Sorrindo ao Tempo que aí vem!

Mas o Tempo muda
A cada momento
E dá por nós distraídos
E quando ainda um de nós Chora
Outro já lá vem a Sorrir!

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