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A China actual (I)

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Alain Peyrefitte: Quand la Chine s'éveillera... le monde tremblera, 1973. A obra de Peyrefitte, um político gaulista pouco consensual, tido como envolvido, no fim da carreira, num escândalo que envolveu a morte misteriosa de Robert Boulin, também político e ministro na mesma época (anos 60), parece hoje ser actual. Mas, como o seu autor, é tudo menos consensual. Hoje, logo pela manhã, recebi um dos habituais emails-newsletter do Banco Millenniumbcp, como sempre a misturar uma espécie de veia literária com análise económica. Na comunicação do BCP a China é um país em arrefecimento económico, e essa desacelaração é um dos problemas do actual regime ditatorial, disfarçado de regime aberto, mas não exageremos com os epítetos, pois o de 'Democrata' não lhes serve, não se encaixa. O regime, ou o governo, para continuar a resistir à pressão popular que quer a sua mudança e a ocidentalização do país, necessita de um crescimento económico sustentável ou rápido, mas continuad

Carta-proposta ao Ministério da Educação para a Reforma curricular

Exmos(as) Senhores(as), Sou pai de três jovens dos 12 aos 19 anos e vivi muitas experiências educativas contraditórias, desde o meu próprio tempo no Ensino, até ao acompanhamento dos meus filhos e, mais recentemente de dois enteados. Pessoalmente tive algumas, escassas, experiências directas com o Ensino. Fui professor eventual de Biologia durante um ano lectivo, antes de iniciar a minha carreira como Engenheiro Agrónomo. Mais tarde, fui co-fundador de uma das actualmente maiores escolas/conservatórios de música de Lisboa e do País, a Academia de Música de Lisboa, que ensina prioritariamente, mas não exclusivamente, violino, por um método misto de dois pedagogos de referência, o método Suzuki-Galamian. Sempre procurei ter uma orientação pela motivação pelo Estudo, pela evolução pessoal e pelo prazer pelo saber, quer a título pessoal, quer no que me tenho esforçado de transmitir aos meus filhos. Tenho assistido a uma progressiva degradação na Educação em Port

O Poder e o mau exercício dele

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Quanto mais aprendo na vida mais me convenço da máxima que diz que ser Chefe não é o mesmo que ser Líder. E que o Poder não é 'para todos'. No sentido em que nem todos o sabem usar, ou deviam. Mas as coisas não são, obviamente, como deviam, como sabemos. Exercer Poder é exercer uma influência decisiva, limitadora, condicionadora, ou não, manipuladora no bom sentido, ou no mau, quanto baste, ou mais do que basta, sobre outra ou outras pessoas. Ter ascendente sobre uma pessoa é ter algum poder sobre ela. Ser respeitado por alguém é ser, de certa forma, reconhecido, nesse poder que se exerce. Manipular é muitas vezes usado em sentido negativo, perverso. Mas a manipulação, com intentos e objectivos não constrangedores, e sem pretender mudar os outros, não é forçosamente uma má atitude, ou nem sempre o é. Tudo isto usamos nós, alguma vez, em alguma circunstância, com alguém. Mas o exercício do Poder que se tem, sobre uma pessoa ou sobre um grupo, para que seja reconhecido co

A perversidade do desequilíbrio europeu

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Portugal seguiu, a meu ver, nos últimos anos, o caminho mais errado que podia ter escolhido. O de um país onde os preços se deviam regular pelos da vizinha Espanha, mas os bens adquiridos eram equivalentes aos que consomem os alemães. Um mercado total de dez milhões e meio, mas de pouco mais de oito milhões activos consumidores, dificilmente pode suportar os preços baixos e agressivos de um mercado cinco vezes maior, como é o da Espanha. E face à dimensão do mercado, assim se calcula a base do poder de compra, do nível de rendimento per capita, dos níveis de poupança e outros indicadores, uns regulados pelos dos grandes países, outros pelos de países como uma República Checa, Hungria, ainda em ascensão no seio da UE, mas, pior, como uma Suíça (que devia ser o nosso 'target'). Mas injustamente, ou propositadamente, o desequilíbrio europeu, entre países como a Alemanha, a Holanda, a Dinamarca e outros como Espanha, Grécia e Portugal, interessa, activa e forçosamente aos ma

Europa

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Nos últimos tempos só se escreve e só se lê sobre a Europa. Mas, na realidade, para quem vive num país europeu, seja um como o nosso, que depende das decisões de outros, eufemismo para se dizer, do dinheiro de quem o tem, seja um dos países com boa saúde económica, financeira e social, o 'Tema', o fulcro do nosso futuro próximo, de médio prazo e mesmo longo, passa pelas decisões actuais e próximas, sobre a Europa.  Sobre a Economia e as Finanças europeias, mas também sobre as políticas sociais, e de outras que pouco têm sido aludidas, ultimamente: política agrícola, educativa e de saúde. Umas políticas por estarem no centro da Crise actual, outras por sofrerem consequências das de 'charneira', ou centrais. Sobre a capacidade dos actuais políticos dos diversos países do Eurogrupo, e sobre a liderança da Europa, também se tem escrito e falado, em privado e em público. Os problemas nacionais, as crises financeiras e económicas de cada país, parecem perder importância

Chega!

Pois é. Verdade! Nos EUA um comentador deixou o cérebro derramar tudo o que lhe tem incomodado, deixou-se de meias e peias e falou bem alto! Foi um momento que pode vir a ser recordado dentro de algum tempo... Indignado com Democratas e Republicanos, com o Congresso que apelidou de 'vendido', com o sistema financeiro, não se calou enquanto não deitou para fora toda uma raiva que lhe parecia contida, por anos e anos de desilusões. Mas mesmo assim não chega. Pois só será suficiente quando toda a gente ouvir. Ouvir a Verdade, já que ela existe. E a Verdade não está em 'camisolas' políticas, escolhas partidárias, e A, B, ou C, nem de AB, BC ou AC...Nem está em Esquerdas ou Direitas, que nem existiram um só segundo na História da Humanidade. Sim, é preciso, por todo o lado, nos países onde já se pensa, ou se começa a pensar, Repensar! Pensar de novo. Como é possível que se mude de um Partido a outro, nos USA, em Portugal, no reino Unido, em França, Alemanha ou Espanha

Quem somos, já? E que seremos, no futuro?

E se... tudo o que o Programa da Troika BCE+FMI+CE pretendem para Portugal e o actual Governo pretende cumprir, não resultar? Se os cortes na Despesa do Estado não forem já suficientes, por tardios? Se as receitas adicionais, a nosso custo doloroso e sangria, à custa da nossa asfixia e de perda de futuro para muitos de nós, não for suficiente? Mas se nos afundarmos mais e ...se António Barreto tiv er razão? Que podemos já não ter condições para sermos um País, uma Nação Independente? Viveremos das directrizes e governação europeias? Viveremos do dinheiro de uma China sub-humana e criminosa, com um PIB per capita muito inferior ao nosso, mas um PIB total esmagador? Viveremos de uma Espanha tão ou mais falida do que nós, mas que nos absorve com a sua dimensão? E amanhã onde e para quem iremos trabalhar, para ter que rendimentos? E se...toda esta austeridade imposta nos matar mais depressa? (sabemos da necessidade da austeridade no Estado, nos seus organismos e dos abusos e exageros e des

Comissão de Economia e Transportes e a chicana do PS

Parlamento de Vergonha. Na Comissão de Economia e Transportes, o PS decidiu brincar, gozar com or portugueses e fazer chicana de todos os presentes na mesma e de todos nós: O Ministro da Economia, por sua iniciativa, solicitou a presença da Comissão referida, para Apresentar o novo Plano Estratégico dos Transportes. O mesmo plano foi apreciado mas não votado em Conselho de Ministros. Como não foi ainda votado em sede de Governo, o mesmo plano não foi previamente enviado à AR. Mas o Ministros Santos Pereira tem com ele o Plano e pretende apresentá-lo e distribui-lo na AR, através da referida Comissão. Basílio Horta, o fascita que o PS colocou nas suas fileiras, é o chefe da chicana vergonhosa, e demagógica, que justificam apenas com a alteração de procedimentos que o Governo e o Ministro acharam por bem encetar. O PS, como sempre, vazio de tudo, de ideias, de princípios democráticos...no boicote e na demagogia, não se consegue adaptar a procedimentos democráticos, demonstrados pela ati
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Faleceu Steve Jobs! Um génio empresarial um ser humano único, pelo exemplo de lutador e vencedor em todos os planos e vertentes, na sua vida e empresa. Só a doença o venceu... Perdemos todos um Homem que nos merece toda a admiração, consideração e respeito. Ainda que a esta distância do seu país e do seu meio, sinto-me chocado pela notícia. Nunca esquecerei Steve Jobs! Estou chocado! I'm Chocked! Yesterday I've seen in Apple site the last Keynote, without Steve Jobs, but still within Steve's time in Apple. For a long time I admired a Man who's a unique example of personal fight against adversities, and a winner in all achievements a man would like to gain in a lifetime. I'm from Portugal and at this distance I've always admired this Great Human Being, this business and market...

5 de Outubro

A 5 de Outubro de 1143, Portugal assinou o Tratado de Zamora, sendo reconhecido como Rei de um novo Reino: Portugal. A de de Outubro de 1910 foi proclamada a República, em Lisboa, nos Paços do Concelho. Qual das duas datas a mais relevante, para hoje sermos um povo, com estas fronteiras, estáveis há 868 anos, as mais antigas na Europa. Para sermos um povo com uma única Língua, unido e coeso, com território estável, em tempos bons ou de depressão social e convulsão. Esta mesma Língua que um punhado de políticos, porventura com as mesmas 'luzes' dos que apagaram a história e a refizeram, ao ponto de nos esquecermos do dia da Independência de Portugal como Reino, que a tudo deu origem, agora pretende ofender e Vender a um país outrora nossa colónia e onde sempre se falou um português deficiente e nem sequer homogéneo. Porque fazemos tábua rasa da nossa História?

Acordo Ortográfico. Uma Lei e Imposição para desobedecermos

Andam as escolas a 'impingir' o vergonhoso Acordo Ortográfico, fruto de uma provinciana cedência a ignorantes e prepotentes, supostos proprietários de um bem básica e fundacionalmente valioso demais para ser deixado, assim, ao desbarato e ao sabor de outras culturas, povos e países que mais não têm feito do que deteriorar a língua maior que lhes foi transmitida: Brasil à cabeça, com todos os defeitos de quem fala e escreve o pior português do mundo, e tem o direito de o fazer, se quiser, mas não o de impor essa falta de qualidade e essa mancha vergonhosa à nossa cultura. Pois os professores das nossas crianças e jovens andam numa azáfama a pretender que os seus educandos usem uma nova, e péssima, e saloia e arrevesada, forma de português, nem homogéneo, nem consensual, antes mesmo do prazo que a estúpida Lei, prepotente e ridícula, que terei todo o prazer do mundo em desobedecer, diz ser de 2014, para ser oficial e ter força de Lei, nas escolas e n

O Papa-deus

O Papa 'acusou' os ateus de se 'julgarem' deus. Não sabemos se a noticia e fiel as palavras de Bento XVI. Mas a serem, e ridículo da parte de um Papa, de uma Igreja que se julga com direitos teocraticos sobre os homens. Sobre todos nos, crentes ou ateus. Esta mesma atitude e passível da critica mesma que o Papa pretende fazer, qual propaganda política a favor de uma religião tantas vezes abusadora de um poder que nunca devia ter possuído. Por mim, o Papa que se fique na 'sua'. E que nos deixe sossegados na nossa serena e democrática convicção de que se inventou Deus e a Religião, qualquer delas, para esta confrangedora, mas perigosa, manipulação das nossas cabeças e dos nossos mais profundos medos, receios,p incertezas e angustias. Nada de novo, afinal...

Um Verdade muito conveniente

Uma verdade extremamente importante: "Há aqui uma potência muito poderosa, que lidera, e que lidera mal. Lidera mal uma Europa... Lidera lá uns interesses, uma visão de interesses pessoais, que, se calhar, também estão um bocadinho errados. Se não, vamos lá a ver: a maior parte das exportações alemãs são para a Europa, para a União Europeia. E, portanto, se eles contam resolver o problema deles deixando os outros numa situação muito debilitada, isso significa que não estão a resolver nada. E deixa-se a Europa à mercê do abutre de maior dimensão."   Diz João Duque, Presidente do ISEG. Trabalhei em duas multinacionais alemãs. Não eram eles melhores do que nós por cá. Mas julgavam-se. E usavam da uma força e poder que lhes dava a natureza e a nacionalidade da sua empresa, também nossa, mas que eles não admitiam que o fosse, para impor Erros, atrás de Erros e opções ridículas, nem todas, óbvio (uma delas foi a minha grande escola profissional, aliás. Mas onde