Não é um mau acordo. Não é um bom acordo.

O acordo com a 'Troika' não é um mau acordo. Porque permite a Portugal permanecer afastado dos 'mercados' para vender títulos da dívida soberana, a juros incomportáveis. Permite esse afastamento, ou não recurso aos mercados financeiros, por dois anos, talvez um pouco menos, ou talvez um pouco mais. Depende da execução do programa, que foi aprovado pelo Governo e pela Oposição, e que será monitorizado trimestralmente, pelas entidades da 'Troika'. Pode ser por um prazo mais curto, se a avaliação da situação verdadeira indicar mais necessidades de recurso às verbas que nos serão emprestadas (e os juros ainda estão por saber, pois só se saberão no momento em que as entidades gestoras internacionais, forem elas mesmas aos 'mercados' para se financiarem, com o objectivo de nos disponibilizarem os fundos.

Mas é um mau acordo, pois segundo muitos economistas, de todos os quadrantes políticos, bem  posicionados e informados, como Governador do Banco de Portugal, ex-governadores do BdP, ex-ministros de governos PS e PSD, seriam necessários cerca de 140 mil milhões de euros, para nos mantermos afastados dos mercados, pelo menos três anos. Menos do que os três anos, que são os anos de vigor do Acordo com a 'Troika', é um risco para nós. Mas é prematuro, de facto, dizer-se que não se resolvem os nossos problemas de financiamento com os 78,5 mil milhões de euros.

Mas um facto, não uma adivinha ou opinião, é relevante. Foi Sócrates que pressionou para que o valor ficasse abaixo dos 80 mil milhões, para assim poder usar isso na campanha eleitoral, dizendo que afinal não estavamos assim tão mal, que o Governo estava no caminho certo e que toda a crise se deveu aos mercados e, claro, à Oposição, nomeadamente o PSD. Este facto, muitíssimo relevante, é prova, mais uma do carácter de Sócrates. Coloca, como sempre o fez, o seu interesse, a sua sede imensa e inesgotável de poder, e despreza o país e as suas necessidades. Este facto tem de ser evidenciado e desmascarado, pela Oposição democrática (partidos à direita do PS, pois os outros de democrático nada têm), sob o risco de o PS tirar proveitos da situação que criou, sem o merecer.

É pois um mau acordo. Serve o país, mas serve muito mais o PS e Sócrates em particular. E tudo o que for favorecer um ditador sem escrúpulos, a quem devia ser vedado vitaliciamente o acesso a todo e qualquer cargo ou função pública ou política e a auferir qualquer cêntimo do Estado, estando fora dele, ou dentre dele, é mau para Portugal.

O futuro dar-me-á razão...(infelizmente, mais uma vez)

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