Diversos...e pouca paciência

Como eu adoraria não pensar mais na política portuguesa e europeia. Ou escrever sobre isto. Mas parece-me sempre impossível ficar passivo perante os disparates, exageros, inverdades e o prosseguimento deste caminho de suicídio colectivo.

Comentários soltos:

  1. Durão Barroso fez o auto-elogio na despedida. Por cá, houve quem se regozijasse pela sua actuação nestes dez anos, ou apenas por termos tido um português na Europa. Por mim, não. Acho que Barroso é um político medíocre, um vaidoso sem razão para tal. Para mim, ainda há outro aspecto, que aos portugueses em geral não agrada. Não defendo um português apenas por essa condição. Mal comparado, faço o mesmo com os produtos made in Portugal. Defendo que a qualidade, que nunca é absoluta, tem, apesar disso, uma qualidade perceptível intrínseca, que merece defesa. O resto não. O mesmo com as pessoas. E é uma análise difícil, subjectiva e sujeita a erros grosseiros. No caso, Barroso, é um político muito fraco, se se pode chamar de político, apenas por ter vivido da vida política.
  2. Orçamento de Estado 2015. Defendem uns que é imprescindível, ou que é o "melhor que se consegue". O próprio Governo assim o diz. Não conheço em detalhe, apenas pelo que leio pela Comunicação Social. Parece-me que nos trará mais um ano muito difícil, talvez bem pior ainda do que 2014. Desnecessariamente. O que é urgente é tentar equilibrar a desigualdade, de salários e poder de compra, a desigualdade social. É um pensamento social-democrata e não comunista! (antes que se metam a inventar, alguns amigos meus...). Nada neste país melhorará com a destruição da classe média, a sua aproximação à classe mais pobre e o empobrecimento acentuado e crescente das duas. Se algum político, economista idiota pensa fazer crescer um país por via de grandes empresas, ou investimento estrangeiro...infelizmente está cego e o futuro confirmará o que digo, da forma mais brutal. Brutal, para alguns. Ora, o OE 2015, parece ser mesmo mais uma "chaga" e não como dizia o Governo nos primeiros dias de comentários sobre o mesmo, que seria de inversão da situação, de melhoria das condições de vida dos portugueses (sim, dos banqueiros e dos -maus- gestores das -más- grandes empresas, que já nem portuguesas são).
  3. O PS desmente-se todos os dias. Costa não chega às eleições como o Salvador da Pátria. Mas irá tudo fazer para tal. O PSD dará uma ajuda e já começou a faze-lo. Talvez os portugueses ainda vão "em conversas", em palavras sem significado ou até puras mentiras, como a do défice que Sócrates inventou (aí...foi de engenheiro!!!) ser o mais baixo e que recentemente se confirmou ter sido o mais elevado de sempre (com a excepção da Primeira República...). Costa será, se eleito (e será, com o dobro dos votos do PSD, com esta a continuar no disparate em que anda, agora foi Machete...um "outrora" grande senhor do PSD, como tantos...que nos deixaram como estamos, dos dois Partidos. Vem daí o meu imenso "respeito" pelos nossos "grandes senhores"). Assim sendo, seria mais simples fundirem-se os dois Partidos. Há por aí gente de qualidade, inteligência, íntegra e de verticalidade para fazer surgir- mas não a tempo, infelizmente- outras forças partidárias. Por vezes parece que toda a Europa precisa disto.
  4. Pela Europa, o disparate continua. A nova Comissão Europeia surgiu num clima de desconfiança de dando sinais de imensa fragilidade. Nada bom augúrio para o momento mais difícil da Europa. O momento que se segue. Ou vai em frente e se torna mais coesa, menos desigual, ouve mais os cidadãos, é menos perdulária, menos burocrática, se dedica aos temas relevantes que são um calvário europeu, como a crescente pobreza, desigualdade também crescente, imposição de austeridades que levam à depressão e miséria que não se sabe se é recuperável, aglutina pelouros para se tornar mais forte, eventualmente a europa fiscal, a europa financeira, e talvez a política...ou as ameaças externas não a deixarão sobreviver (e as internas, de que assinalo a Merkel como a maior de todas e os governos de meninos incompetentes, sem visão e de gestão avulso: Portugal, Espanha, França, Reino Unido...)

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