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A mostrar mensagens de novembro, 2014

Tenham vergonha!

Confesso um amor especial, coisa intima e nutrida com todo o meu empenho. Coisa que me faz ser o que sou, intransigente com princípios humanitários e de muito profundo respeito pelo povo que justifica toda a acção política e social, que sustenta uma Democracia, ainda que doente, ferida por gente que me faz trazer a público este amor confesso. O amor a uma aversão profunda: à Maçonaria e aos seus interesses, nunca confessados, panela onde são cozinhados interesses pessoais e de grupos. Uma aversão que me anima, ao ponto de quando um maçon se manifesta eu sentir logo um assomo de urticária. E quando se manifesta contra os princípios mais elementares que eles mesmo dizem (hipocritamente) defender, e nem quero saber o que defendem, tal a desconsideração que me merecem pessoas que conspiram e elaboram o seu plano de vida, no seio de um grupo que me dá asco...quando o que dizem é contra todo o interesse de uma sociedade onde se inserem...nem vos digo a reacção que me inspira. Fico-me por aqu

Processo Sócrates: Veremos o poder da Maçonaria?

Confesso a minha surpresa pela detenção de Sócrates. Confesso que também me surpreendeu a mediatização da sua chegada a Lisboa, de terem avisado um órgão de comunicação para ser filmada o automóvel onde seguiu para a esquadra. Tratado como um criminoso qualquer, indignaram-se os seus simpatizantes... mas um dia saberemos se ele foi, alguma vez, mais do que isso. Um criminoso qualquer. Pois para mim foi isso e mais nada, sempre. Depois de muito ter lido e, sem necessidade de muita reflexão, que a criatura me mereça, reconheço, acho que é muito fácil entender-se as razões para alguém, no perímetro jurídico desta investigação, ter intencionalmente pretendido mediatizar. Só alguém muito ingénuo acredita que as tradicionais personagens obscuras e subversivas do PS não tentarão, como no passado o fizeram, com as escutas destruídas e outros movimentos tipicamente maçónicos, influenciar, manipular e impedir mesmo a continuação desta investigação e um eventual julgamento. Já o estarão a fazer

O que a vida não nos dá

Nós humanos parecemos andar pela vida à procura de um segredo qualquer, que um dia nos traga uma felicidade incontável e maior do que somos. Construímos ideias e ideologias, religiões e crenças,  teorias pessoais na demanda de uma verdade universal, não tanto universal quanto isso, para alguns, mas que lhes sirva como uma carapuça à medida para o seu fim pessoal. Um fim louvável, claro, e ainda mais, legítimo, de encontro com uma felicidade toda a vida procurada. Os budistas, tidos como superiores, pelas suas práticas contemplativas e de sereno isolamento, têm como base da sua filosofia de vida e de procura de algo superior, que só atingimos esse patamar elevado, o Nirvana, quando nos libertamos totalmente do Ego. E julgam consegui-lo. Não usam, no entanto de um modo de vida que lhes permita testar isso mesmo, nem sequer se expõem à prova dessa convicção, antes fugindo à contemporaneidade, e ao quotidiano, uma forma de anti-depressivo que mascara a sua protegida realidade. Também são

Estereótipos?

Todos estereotipamos. Mas nem todos, tudo valorizamos. Entre amigos, conhecidos, familiares e desconhecidos, vamos criando estereótipos, mais ou menos reais, ou totalmente irreais. Para cada um de nós "há o que" qualquer coisa. Há os que sempre nos falam apenas deles. Os que nunca o fazem, e os que esperam que lhes perguntemos sobre eles. E os que nem assim querem deles falar. Há os que gostam de falar, os que se cansam com isso, mas que gostam que outros falem, e os que se maçam com as duas coisas. Há os sempre alegres, nem sempre o sendo efectivamente. Os sempre tristes, nem sempre o sendo, verdadeiramente. Os serenos, os dramáticos. Os próximos, os distantes e os alternantes. Há quem goste de carros pretos, sempre e apenas de carros pretos. Os que isso lhes é indiferente. Por acaso esta dos carros pretos parece uma epidemia que assolou o país. Pretos carros, mas apenas nos carros. Mas há os que tudo deve ser preto. Nunca percebi esta fobia da cor. Há até os que acham

O Navegante

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Morris West foi um dos autores de que li mais livros, há muitos anos, pela adolescência. A obra que o tornou famoso foi "As sandálias do pescador". Escreveu ainda mais dois, ou três, livros sobre o Vaticano, a Cúria Romana, tradições que West conhecia bem por ter sido monge. Escreveu um livro que considero uma obra mediana, mas com alguns aspectos que me deixaram marcas na memória. O Navegante. A história de um homem que procura uma ilha lendária, onde diziam que os navegadores se dirigiam para os últimos dias da sua vida. A imagem que guardo, distante, era de um fim sereno, quase aprazível, quando se tinha a certeza da vida estar a terminar. Uma viagem calma, num mar imenso até uma ilha que servia de depósito de vidas longas e de segredos nunca contados.  Era uma escrita sem grande brilho, mas uma história com ingredientes, não totalmente explorados, onde se misturam mistérios ancestrais e a vida moderna, de homens e mulheres que redescobriam o amor e o desamor,

Portugal país valente e imortal

A Oposição diz que continuamos em crise. Ou seja, assume, nem diz muito. O Governo diz que estamos a sair da mesma. Claro que instituições que definiram e apoiaram a austeridade que ainda sofremos (pelos vistos para o Governo já não), concordam com o novo "despertar" de Portugal. Mas, rigorosamente, num assunto onde dificilmente pode haver rigor, o que define estarmos em crise ou não? Pires de Lima, incansável, e inegavelmente inteligente, tem-se desdobrado em esforços para demonstrar que estamos melhor, não bem, mas muito melhor. Rui Rio, não parece concordar, pelo menos pelas mesmas razões. Fala em crise política, ou crise da classe política actual. Bem...pelo menos alguma crise deve haver, pois poucos serão os portugueses que sentem estar já livres do sufoco em que estavam...há seis meses, ou nove. O que define estarmos em crise??? Coço a cabeça e...não consigo perceber como podemos estar ainda em crise, apenas porque ainda temos mais de um milhão de desempregados, e entre

Vem aí novo Caminho?

José Gomes Ferreira sugeriu uma possibilidade para Portugal. Uma alternativa para esta Democracia, neste momento, sem saída. Estamos encurralados entre os grupos que dominam os nossos Partidos todos e os habituais interesses económicos, que nos têm trazido reféns de decisões erradas e de interesses obscuros.  Porque razão nem um Governo se interessou por dois problemas nacionais prioritários: Corrupção e Desigualdade social? Porque nunca alguém de valor, com ideias distintas desta doentia praga que nos assola, destes grupos de gente menor que controla os aparelhos partidários, consegue sequer entrar em um grupo de discussão dentro dos Partidos (os principais, os outros nem da Democracia querem saber, muito menos de nós)? Porque se tornaram impermeáveis a simpatizantes e militantes com ideias válidas, mas independentes de grupos formados e fechados para sequestrar a nossa vida política? Todos sabemos boa parte das respostas, não interessa muito explorar este assunto por esse la

Uma revolução silenciosa

"Olhem para a sociedade em que nos tornámos: somos uma nação bipolar, um Estado burocrático centralizado que preside a uma cidadania crescentemente fragmentada e demissionária". São palavras de Phillip Blond, filósofo britânico sobre o seu país, mas podem aplicar-se quase à perfeição a Portugal (e a outros países europeus. Parte da doença, ou crise social e emocional que grassa pela Europa, que tem gerado políticas erradas, no Estado e nas empresas, e líderes medíocres. Tempos de desorientação não geram líderes sólidos, inteligentes e bem formados). Países como Portugal não estavam preparados para o que tem vindo a suceder desde os anos oitenta e noventa, a alguns anos depois de 2000. A entrada na CEE, a globalização, trouxeram novidades à nossa sociedade, nem todas boas. A globalização, em particular, trouxe consigo efeitos perversos, para os quais nunca estaríamos preparados. Lembro-me de na multinacional alemã onde estava, por volta de 1995 se começar a falar

Até que ponto somos uma sociedade?

" Em  sociologia  uma   sociedade   (do  latim :   societas , que significa "associação amistosa com outros") é o conjunto de  pessoas   que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma  comunidade . É um grupo de indivíduos que formam um sistema semi-aberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um  grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada ." Somos um conjunto de pessoas com propósitos comuns, provavelmente. Certamente com idênticas preocupações, gostos próximos e costumes. O que é parte de definição de cultura de um povo. "Interagem entre si", claro, interagimos. Mas para mim esta definição é curta, penetra pouco no conceito que pode definir uma sociedade,

Serão sinais?

Que sinais estamos a receber nos últimos tempos, pela Europa e pelo Mundo? Serão mesmo sinais a que devamos dar importância? Aos acontecimentos, sim. Mas a catadupa de acontecimentos imprevistos, na Europa principalmente, quererão dizer alguma coisa que ainda não sabemos descortinar? Os aviões russos. A possibilidade de recessão em países que há um ano mostravam solidez e estabilidade económica: Finlândia, Alemanha, França (Holanda?). As duras palavras (e ameaças) entre Merkel e Cameron. Os excessos à porta da Europa, na Turquia. Os populismo que continuam a singrar, no Norte da Europa. E veremos se não alastram a Portugal e Espanha. Um Presidente da Comissão Europeia sem obra alguma que recebe a mais elevada condecoração da República Portuguesa. Os casos de Corrupção em Espanha, às dezenas (que esperamos sim, alastrem estas prisões a Portugal). O regresso sempre estafado e insuportável de líderes de outrora, sem obra e muito jogo de interesses escondido, em Portugal. A continuação d

Produto social?

Somos um produto social? Alguns filósofos gregos, com Aristoteles em destaque, defenderam que o homem só é feliz na Polis. Em sociedade. O alcance desta ideia, que hoje nos parecerá muito lógica, trivial, é bem mais profundo do que à partida nos surge. Porque seremos uma realização da sociedade? Porque só nos realizaremos em sociedade?  Os marxistas, repescaram esta ideia para reforçar uma espécie de necessidade das nossas manifestações ideológicas terem de passar pelo colectivo. Mas a sua intenção, ainda hoje, é a que eliminar o indivíduo, como origem de ideias, de iniciativas. Não porque, confirma a história, não o que dizem, sempre diametralmente oposto ao que fazem quando no Poder, pretendam que as decisões, mesmo as percepções e análises, sejam do colectivo, mas para que, sendo todos o mais "iguais" possíveis, alguém os lidere sem esforço. Claro que é uma utopia, que resulta sempre no uso da força, da coacção, da fiscalização de cada cidadão, na sua "re-educaçã

O ausente

Em 200 assinei o meu documento de apoio à candidatura de Cavaco Silva, à Presidência da República. Nessa altura, para mim, Cavaco Silva tinha sido o Primeiro-Ministro que mais tinha feito pelo crescimento económico do país, período em que Portugal teve a mais baixa taxa de desemprego, também. Não me deslumbrava com todos os aspectos da sua governação, período durante o qual considero que os governantes se afastaram demasiado dos seus eleitores, e durante o mesmo se dera muito pouco valor a alguns dos sectores, pelouros, que considero, desde sempre como essenciais para atingirmos um patamar de segurança na Democracia, com um povo mais esclarecido, mais culto (este termo que ainda me parece mirífico perante o que vejo do nosso povo...enfim) Fiz parte dos apoiantes, mais ou menos activos, de Cavaco, mas nunca participei em campanhas ou acções de rua, porque a minha actividade profissional não me deixava qualquer possibilidade e porque, confesso, que o ambiente de feira das campanhas