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A mostrar mensagens de junho, 2015

A lavagem da imagem do chefe

Em tempos de eleições ou pré-eleições, vivem-se os piores disparates, inventam-se verdades, muito á moda da propaganda usada pelas ditaduras. Um circo de vergonha. Uma palhaçada. Nada a propósito, Ribeiro e Castro demarcou-se desse circo onde ele, de verdade, não se enquadrava, demonstrando que para se ser útil, efectivamente, se deve ser o mais livre que se conseguir, ainda que a custo pessoal. Uma personalidade com espinha dorsal. E isto, a propósito de uma outra, que a não tem. Fui dos primeiros a acompanhar a candidatura (a primeira) de Passos a líder do PSD. Nessa altura, ele concorria contra Manuela Ferreira Leite. Apoiantes de Ferreira Leite solicitaram o meu apoio e convidaram-me à AR para esse fim. Apostei em Passos nesse ano. Tinha-o ouvido a falar de temas fraturantes e, na altura, pelo menos, polémicos, como a legalização do aborto, a discussão dos casamentos homossexuais, a liberalização ou não das drogas. Mostrava um espírito aberto, moderno, uma atitude irrever

A Grécia é dos gregos, a Europa é de todos?

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Grécia. Crise da Dívida grega. Crise das Dívidas soberanas. Alemanha. Europa... O "assunto grego", como outros mais, divide opiniões, uma vez mais na dicotomia (que insisto como ridícula) de direita-esquerda. Por vezes, apetece-me rir. Mas o assunto não tem nada de engraçado. Por vezes apetece rir, pelo facilitismo com que se entregam tantos aos moralismos "financistas" versus "não pagaremos". A realidade, distante do drama humano sírio, do drama humano de todos os países sob o jugo do Estado Islâmico, da Al-qaeda, do regime russo..do regime chinês (que erradamente é dado como politicamente consensual e pacificamente aceite, como se a dissidência de opinião, de pensamento, já fosse aceite)...essa realidade grega, a do povo grego, merece-nos muito respeito. Não alinho com o espírito "não pagamos", muito menos por preocupação para com os credores, ou forma institucionalizada de agiotismo, do que com a viabilidade futura, e próxima, de uma país

A Europa e a Grécia, Junker e os idiotas

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É incerta a origem do termo "Europa", mas com grande probabilidade é mesmo grega. Se não o termo, o mais antigo e valioso que se conhece da Civilização que hoje tentamos defender, sem nos darmos conta do desperdício de esforço, ou da aventura que é fazê-lo contra um país que por duas vezes arrastou um Continente para uma Grande Guerra e parece que descobriu uma outra forma de a devastar, de a afundar numa decadência de que julga ser a segurança-mor. Uma luta inglória? O que é certo é que nem os disparates de alguém muito bem colocados se podem esfumar no alto de tão grandes responsabilidades, nem o exercício de elevados cargos e poderes isentam alguém de ser asneirão, parvalhão ou idiota. Mas nunca será desculpado por, ostensivamente, pretender ofender um povo. Se Junker imagina que ao tentar ridicularizar o Governo grego se coloca sob o aplauso da generalidade de nós, enganou-se. Eu sei que sempre haverá os que, membros não pensantes do seu clube decadente, confundem o seu

O drama que conta

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Somos instrumentos. Já sabíamos. Ouvimos notícias e vêm filtradas. Dias, semanas, meses que sejam, após tanta notícia e vamos ganhando anti-corpos, estereotipando, enchendo prateleiras da memória com simpatias, antipatias, amigos e inimigos de estimação. Parte dessa colecção de "tipos" que vamos fazendo crescer, é da nossa responsabilidade. Mas boa parte é-nos oferecida, como cromo de colecção já organizados por temas. Uns de nós simpatizam com todos os países que prosperam, que passam pelas crises aparentemente incólumes, feridos ligeiros, os países desenvolvidos ricos. Há amigos da Alemanha e de todos os supostos defensores do que "está certo", contra tudo o que e quem, lhes seja evidente, estar errado. Há-os de todos os que são..."países de bem", como os há de "pessoas de bem". Uma ideia tão repugnante como a dos amigos das "coreias do norte" que ainda subsistem e persistem, venenos permanente, como que nos lembrar de quanto ainda