A Europa e a Grécia, Junker e os idiotas

É incerta a origem do termo "Europa", mas com grande probabilidade é mesmo grega. Se não o termo, o mais antigo e valioso que se conhece da Civilização que hoje tentamos defender, sem nos darmos conta do desperdício de esforço, ou da aventura que é fazê-lo contra um país que por duas vezes arrastou um Continente para uma Grande Guerra e parece que descobriu uma outra forma de a devastar, de a afundar numa decadência de que julga ser a segurança-mor. Uma luta inglória?

O que é certo é que nem os disparates de alguém muito bem colocados se podem esfumar no alto de tão grandes responsabilidades, nem o exercício de elevados cargos e poderes isentam alguém de ser asneirão, parvalhão ou idiota. Mas nunca será desculpado por, ostensivamente, pretender ofender um povo. Se Junker imagina que ao tentar ridicularizar o Governo grego se coloca sob o aplauso da generalidade de nós, enganou-se. Eu sei que sempre haverá os que, membros não pensantes do seu clube decadente, confundem o seu gosto ou simpatia pessoal, por uma ideologia ou outra, com o respeito pelo que uma Democracia dá, de Direito institucionalizado, a um povo, de escolher quem bem entender.


Nunca devemos confundir os nossos preferidos com o respeito pela regra democrática, se ela assim o é. Como o foi a eleição do Syriza na Grécia. O erro é do tamanho do desrespeito pela Democracia. Outra coisa é termos e mantermos a opinião, contra ou a favor, do que um Governo, um Partido no Poder pode estar a fazer, que achamos de bem, uns, e outros, de mal. Normal. Mas um governante europeu, devia ser transversalmente democrata. E Junker demonstrou o que muitos antes deles já o tinham e continuam a fazer. São uns medíocres sem valor, uns idiotas que, pelo galopante desinteresse dos povos, têm atingido o Poder, em cada e quase todos os países da Europa, contribuindo para este disparate e alvo de chacota que é hoje este espaço, outrora orgulho de ser timoneiro da evolução humana e da evolução social e política. Um dia, este grande espaço, deixará de ser o sítio do bem-estar social e humano e se transformará numa Ásia do hemisfério norte, e, aquela, talvez uma europa do Oriente...

Junker, como Merkel são idiotas que nos atrapalham a vida, nos dão cabo do futuro e ou não querem saber, ou não sabem mesmo. Continuam com a "cassete", não a de Cunhal, outra tristeza, mas a da Austeridade. No entanto, a austeridade devia ser europeia, se somos um "espaço comum". Uma Grécia fora do Euro é uma desgraça? Para quem? A Grécia terá assim tanto a perder? Mais do que as medidas estrangulados dessa austeridade que sempre, sempre, sempre deu maus resultados e só serve para, dentro de um mesmo espaço económico haver ...um espaço de economia zero: o que uns ganham, outros terão de perder. Na mesma proporção. Este o projecto alemão.


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