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A mostrar mensagens de janeiro, 2016

Nenhum dia é suficiente para conter toda a luz

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Quando se passa em frações de segundo, de um estado sem consciência, vindo de um outro em que o cérebro aproveitou o descanso físico para se reorganizar e nos confundiu com aqueles sonhos que parecem saídos de um filme de ficção científica, e nesse breve momento de alteração de estado, nos esforçamos por abrir os olhos à realidade, num natural exercício diário de regresso ao real... ...E o mesmo calor ausente ali está, a mesma luz de um sorriso que escasseia ali está, a mesma respiração amada e o odor dessa ausente mas sempre constante presença imaterial, ali está, num desejo para que o tempo voe e se regresse à doçura de uma realidade nem sempre possível. Abro a janela para que entre a luz e não me dê alguma hipótese de regressar a um sono que me prende no que não quero, mas que me liberte ao pensamento que entender. E a este sentir por todos momentos em que esses olhos únicos me roubaram todas as palavras que consegui aprender. E, por opção fecho de novo os olhos, já com o qu

Quando o sol...

Não é assim tão frequente, mas por vezes desperto antes do Sol. E espero por ele. Adoro a sensação da luz que começa um dia e adoro fechar os olhos voltado para ela, que se intensifica em poucos minutos. Ao fazê-lo, pensamentos que me surgem, ganham a mesma intensidade que a luz dele me quer inspirar e afastam-se planos e previsões para um dia que nem sempre se quer sequer começar. Tudo o resto, quer-se começar. Nós somos muito mais aquilo que pensamos do que aquilo que vivemos, provavelmente. E é dessa forma que muitos se dedicam aos seus deuses, aos seus fantasmas, às suas inquietações, aos seus prazeres, grandes e pequenos, a grupos aos quais insistem em pertencer. A ideia de um deus que nos protege, a ideia de algo que nos deve orientar, que nos dará num momento que deixou de o ser, com a morte, tudo o que em vida não conseguimos e nem pensamos se para tal lutámos o suficiente, é fascinante para muitos, é uma ideia menor, ou totalmente rejeitada, para mim. A ideia de pertencer